quarta-feira, 17 de março de 2010

É PRECISO NASCER DE NOVO?


EVANGELHO EM JOÃO CAP. 3
Havia um fariseu chamado Nicodemos, que era líder dos judeus. Uma noite ele foi visitar Jesus e disse:
_ Rabi, nós sabemos que o senhor é um mestre que Deus enviou, pois ninguém pode fazer esses milagres se Deus não estier com ele.
_ Jesus respondeu;
_ Eu afirmo ao senhor que isto é verdade: Ninguém pode ver o Reino de Deus se não nascer de novo.
_Nicodemos perguntou:
_Como é que um homem velho pode nascer de novo? Será que ele pode voltar para a barriga da sua mãe e nascer outra vez?
_ Jesus disse:
_ Eu afirmo ao senhor que isto é verdade: Ninguém pode entrar no Reino de Deus se não nascer da àgua e do Espírito. Quem nasce de pais humanos é um ser de natureza humana, quem nasce do Espírito é um ser de natureza espiritual. Por isso não fique admirado por eu disse que todos voces precisam nascer de novo. O vento sopra onde quer, e ouve-se o barulho que ele faz, mas não se sabe de onde ele vem, nem para onde vai. A mesma acontece com todos os que nascem do Espírito.
O QUE SIGNIFICA ENTÃO NASCER DE NOVO?
Explicação a base bíblica:
Podemos definir usando o termo regeneração da seguinte forma: regeneração é um ato secreto de Deus pelo qual nos concede nova vida espiritual. Isso é as vezes chamado "nascer de novo" (Jo 3.3-8 NVI).
A regeneração é obra exclusiva de Deus. Nesta obra não desempenhamos papel algum é exclusivamente realizada por Deus.
João relata que aqueles que Cristo deu poder de se tornarem filhos de Deus - eles "não nasceram do ssangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus" (Jo 1.13) Aqui João fala que a vontade humana não consegue produzir este tipo de nascimento.
O fato de que somos passivos na regeneração fica evidente quando as Escrituras referem-se a ela como "nascer" (Tg 1.18; IPe 1.3; Jo 3.3-8). Não escolhemos nos tornar fisicamente vivos e também não escolhemos nascer - é algo que aconteceu, semelhantemente, essas analogias nas Escrituras são a entender que somos inteiramente passivos no novo nascimenti (regeneração).
Essa obra soberana de Deus na regeneração também foi predita na profecia de Ezequiel. Por meio dele Deus prometeu que haveria um tempo no futuro quando ele daria nova vida espiritual ao seu povo.
Dar-vos-ei coração novo e porei dentro de vós espiritos novos; tirarei de vós o coração de pedra e vos darei coração de carne. Porei dentro de vós o meu Espírito e farei que andeis nos meus estatutos, guardareis os meus juízos e os observeis.(Ez.36.26-27).
Quando Jesus fala de ser nascido do Espírito (Jo 3.8) ele indica que é especialmente o Espírito Santo quem produz a regeneração. Porém, outros versículos indicam também o envolviemento de Deus (Pai) na regeneração. Paulo, especifica que é Deus quem "nos deu vida juntamente com Cristo" (Ef 2.5; Cl 2.13) Também Tiago diz que é o "Pai das luzes" quem nos deu o novo nascimento. pois segundo o seu bem querer ele nos gerou pela palavra da verdade, para que fossemos como que primícias das suas criaturas (Tg 1.17-18). Finalmente Pedro diz que Deus, segundo a sua abundante misericórdia tem nos dado um novo nascimento [...] através da ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos (I Pe 1.3) Podemos concluir que Deus (Pai) e o Espírito Santo produzem a regeneração.
Todo aquele que é nascido de Deus vence o mundo (I Jo 5.3-4) NVI.
Aqui joão nos explica que a regeneração nos dá capacidade para vencer as pressões e as tentações do mundo, que de outra maneira nos impediriam de obedecer aos mandamentos de Deus e de seguir suas veredas.
Esta é a vitória que venceu o mundo: a nossa fé (I Jo 5.4). Sabemos que todo aquele que nasceu de Deus não está no pecado, aquele que nasceu de Deus, (Jesus) o protege, e o maligno não o atinge (I Jo 5.18) . Embora possa haver ataques da parte de Satánas, João tranquiliza-nos ao dizer que aquele que está em nós é maior do aquele que está no mundo (I Jo 4.4) e esse poder maior do Espírito Santo dentro de nós, mantem-nos a salvos do mal espiritual definitivo da parte do Maligno.
Estes são resultados necesários na vida dos nascidos de novo. Se houve a regeneração genuína (ou seja vinda da parte de Deus e não por vontade humana) na vida da pessoa, ela irá crer que Jesus é o Cristo, irá baster-se de um padrão de vida de pecado contínuo, irá amar seu irmão e irá vencer as tentações do mundo. E também irá manter-se a salvo do mal definitivo do maligno. Essas passagens mosntram que é impossivel que uma pessoa seja nascida de novo (regenerada) e não se torne verdadeiramente convertida.
Outros resultados da regeneração (nascer de novo) são o fruto do Espírito conforme registrado em Galátas 5.22-23; havendo regeneração, então esses elementos do fruto do Espírito estarão cada vez mais evidentes na vida da pessoa.

terça-feira, 16 de março de 2010

HÁ SALVAÇÃO SEM BATISMO?




O que podemos dizer a esse respeito. Será que a salvação só se dá quando ocorre o batismo; e aqueles que creram e não foram batizados, vão ter salvação ou serão condenados?
Percebam que são muitas perguntas em torno de uma única situação, ou seja, a salvação.
Primeiramente precisamos entender a questão do batismo e tão somente depois compreenderemos o que representa o batismo no caminho da salvação.
O Batismo não é um sinal de profissão, e marca de diferença, com que se distinguem os Cristãos dos que o não são, mas também um sinal de Regeneração ou Novo Nascimento, pelo qual, como por instrumento, os que recebem o Batismo devidamente são enxertados na Igreja; as promessas da remissão dos pecados, e da nossa adoção como Filhos de Deus pelo Espírito Santo, são visivelmente marcadas e seladas, a Fé é confirmada, e a Graça, aumentada por virtude da oração a Deus.
A palavra grega Baptizo significa “mergulhar, afundar, imergir” algo na água.
O sentido “imergir” é adequado e provavelmente exigido para a palavra nos vários textos do Novo Testamento.
QUEM PODE SER BATIZADO?
O modelo revelado em vários textos do Novo Testamento mostra que somente os que fazem uma profissão de fé (declaração pública da crença) digna de crédito devem ser batizados. Atos 2.41; 8-12; 10.44-48, Atos 16.14-33; Gl 3-27.
QUAL O EFEITO DO BATISMO?
A benção do favor de Deus que vem juntamente com toda obediência, como a alegria, que vem pela pública profissão de fé de alguém, e a segurança de haver representado um quadro físico claro da morte e ressurreição com Cristo e da purificação dos pecados.
O BATISMO É NECESSÁRIO?
Embora reconheçamos que Jesus ordenou o batismo à semelhança do que fizeram os apóstolos, não devemos dizer que o batismo seja necessário para a salvação. Mt 28-19; Atos 2-38, Gl 5.1-12, Lc 23-43, Hb 9.17, Jo 19.32-33.
QUAL A IDADE PARA O BATISMO?
Quando a pessoa atinge uma idade suficiente para fazer uma profissão de fé digna de crédito. Supostamente após os 12 ou 13 anos de idade.
Textos extraídos Teologia Sistemática Atual e exaustiva de Wayne Grudem.
Consideramos então que o batismo representa a atitude de fé manifestada diante de outras pessoas, a qual professa sua crença na Palavra de Deus, na vinda de Seu filho Jesus para salvar o pecador, através de sua morte na cruz. Segundo os critérios bíblicos o batismo é por imersão, representando um sepultamento completo, no qual ao levantar-se estará espiritualmente ressuscitando com Cristo, para começar uma nova vida, uma vida agora com Cristo, vivendo debaixo do temor e tremor diante do Todo Poderoso. Paulo afirmou: ou, porventura ignorais que todos nós que fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados na sua morte? Fomos pois sepultados com Ele na morte pelo batismo; para que como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida (Rm 6.3-4).No entanto, temos inúmeros casos de pessoas que aceitaram a Jesus Cristo como Senhor e Salvador e não tiveram a oportunidade de batizarem-se. Neste caso prevalece a sua declaração de fé nos princípios bíblicos. Pois o texto de Marcos 16.16 diz: Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado. O texto diz que somente os que não crerem serão condenados e não os que confessaram a fé em Jesus Cristo e infelizmente não alcançaram o batismo por falta de tempo.
Por outro lado, também temos a questão das pessoas que ficam adiando o batismo por insegurança, fazem a profissão de fé no Senhor Jesus Cristo, acreditam na Bíblia, mas teme o batismo por que não querem viver em novidade de vida, este é um caso muito diferente. Teve tempo e não quis declarar publicamente a sua intenção de mudar de vida, neste caso colocou a sua salvação em risco.
O assunto é de estudo, e necessário uma reflexão sincera de cada um de nós, se aceitei a Jesus Cristo como Senhor e Salvador porque não ir ao batismo, demonstrar publicamente esta minha fé e intenção de viver uma nova vida?

segunda-feira, 15 de março de 2010

VÍTIMAS FATAIS A CADA INSTANTE

Pesquisas divulgadas pelas emissoras de TV mostram que mais de 1000 acidentes com vítimas fatais ocorrem no trânsito brasileiro, todos os anos.
O maior índice é devido ao uso de álcool, direção perigosa (sem habilitação); ainda que existam as campanhas do governo alertando sobre a responsabilidade no trânsito e da proibição de bebidas alcoólicas antes de dirigir, e as constantes multas pelas policia rodoviária; a população ignora estas advertências, e o que nós vemos são inúmeros mortos todos os anos. No Brasil morrem mais pessoas vítimas de trânsito todos os anos, do que em guerras que ocorrem, por exemplo, em Israel. Esteja atento em suas viagens às sinalizações e condições de seu veículo. Viva e deixe os outros viverem. E quando você visitar o Brasil, não se descuide. Esteja sempre atento.

sábado, 13 de março de 2010

A BÍBLIA E A PREPARAÇÃO PARA A CEIA?


Na cerimonia da Ceia do Senhor, Jesus nos ensinou estarmos em comunhão uns com os outros, assim como, a termos atitudes que demonstram nossa humildade para com nossos semelhantes; pois ninguém é maior do que o outro no reino de Deus.
Como base teremos o capítulo 13 do Evangelho de João.(NTLH).
JESUS LAVA OS PÉS DOS DISCÍPULOS.
Faltava somente um dia para a festa da Páscoa. Jesus sabia que tinha chegado a hora de deixar este mundo e ir para o Pai. Ele sempre havia amado os seus que estavam neste mundo e os amou até o fim.
Jesus e os seus discípulos estavam jantando. O diabo já havia posto na cabeça de Judas, filho de Simão Escariotes, a ideia de trair Jesus. Jesus sabia que o Pai lhe tinha dado todo o poder. E sabia também que tinha vindo de Deus e ia para Deus. Então se levantou, tirou a capa, pegou uma toalha e amarrou na cintura. Em seguida pôs água numa bacia e começou a lavar os pés dos discípulos e a enxugá-los com a toalha. Quando chegou perto de Simão Pedro, este lhe perguntou:
_ Vai lavar os meus pés, Senhor?
Jesus respondeu:
_ Agora você não entende o que estou fazendo, porém mais tarde vai entender!
_ O Senhor nunca lavará os meus pés! _ disse Pedro.
_ Se eu não lavar, você não será mais meu discípulo! _ respondeu Jesus.
_ Então, Senhor, não lave somente os meus pés; lave também as minhas mãos e a minha cabeça! - pediu Simão Pedro.
Aí Jesus disse:
_ Quem já tomou banho está completamente limpo e precisa lavar somente os pés. Vocês todos estão limpos, isto é, todos ,menos um.
Jesus sabia quem era o traidor. Foi por isso que disse: "Todos menos um."
Depois de lavar os pés dos seus discípulos, Jesus vestiu de novo a capa, sentou-se outra vez à mesa e perguntou:
_ Vocês entenderam o que eu fiz? Vocês me chamam de Mestre e de Senhor e têm razão, pois eu sou mesmo. Se eu, Senhor e o Mestre, lavei os pés de vocês, então vocês devem lavar os pés uns dos outros. Pois eu dei o exemplo para que vocês façam o que eu fiz. Eu afirmo a vocês que isto é verdade: o empregado não é mais importante do que o patrão, e o mensageiro não mais importante do que aquele que o enviou. Já que vocês conhecem esta verdade, serão felizes se a praticarem.
Percebam que é uma ordem direta de Jesus Cristo, se seguirmos a sequência dos fatos e leituras alternadas em Mateus capítulo 26; Marcos 14; vamos perceber que este ato ocorreu antes de Jesus partir o pão e o distribuir aos discípulos, bem como o vinho, que segundo suas palavras representavam seu corpo e o sangue derramado o cálice da nova aliança feita com Deus pelo seu povo. Sabendo disso por que muitos ignoram este ato de humildade, de amor e simplicidade ensinado por Jesus Cristo antes de cear. Viver em amor, vencer a arrogância e a intolerância só consegue quem realmente está vivendo em Cristo Jesus e é uma nova criatura.

sexta-feira, 12 de março de 2010

CRENÇAS ERRÔNEAS SOBRE DEUS.


"Disse o néscio no seu coração: Não há Deus", Sal 14.1.
Pensamento Reflexivo: " Podemos saber quem é Deus, sem saber tudo o que Ele é." D.S. Clarke


O homem que diz: "Não há Deus" é completamente sem juízo. O resultado dessa idéia é a perda da moral.
Quem acha que Deus não se importa com a nossa vida é incapaz de fazer coisas boas e certas. Uma linda tradição judaica nos relata como Abraão observou a distinção.
Quando começou a combinar idéias sobre a natureza de Deus, imaginou primeiramente que as estrelas fossem divindade por causa de seu brilho e formosura, mas quando viu a luz exceder as estrelas em claridade, pensou que ela fosse divina. A luz da lua, porém, desapareceu ante a luz do sol; Abraão pensou então ser o sol divino. à noite, porém, o sol desapareceu.
Diante de tudo isto Abraão concluiu deve existir algo no mundo maior que todas estas coisas. Assim sendo, ele passou do culto à natureza, para o culto ao Deus que criou a natureza.
Durante os milenios foram formadas muitas teorias a respeito de Deus. Muitos formaram crenças sobre a pessoa de Deus. Examinaremos algumas dessas teorias.
01) O AGNOSTICISMO
Agnosticismo, termo originado de duas palavras gregas que quer dizer "não saber" . Os agnósticos defendem a idéia de que a mente humana, ou seja, a mente finita não pode conhecer a Deus, mas o fato é que os agnósticos não sabem ou querem ignorar, voluntariamente, que há uma grande diferença entre conhecer Deus em toda Sua Glória e conhecer alguma coisa sobre Deus. O próprio Deus revelou-se ao homem para que este tivesse conhecimento de alguma coisa sobre a personalidade, a divindade e algumas ações de Deus.
A Bíblia nos ensina: "E buscar-me-eis, e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração".. "Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o esquanto está perto". Estes textos e outros nos ensinam que alguma coisa sobre Deus nós poderemos saber, porque Ele assim o quer para Sua glória e para nossa edificação; portanto, a doutrina agnóstica não tem fundamento, examinando-a à luz da Bíblia.
02) O POLITEISMO
O politeísmo; culto ou crença em muitos deuses. Sua origem vem de "poli" e "theos" (Deus). Era a crença própria das religiões pagãs e ainda hoje praticada em muitos lugares do mundo. Baseia-se essa crença em que o universo é governado não só por uma força, mas por muitas, de maneira que há um deus pra reger o fogo, outro para a àgua, outro para o amor, outro para a guerra, etc... Foi essa crença que acabou endeusando os objetos, as forças da natureza e levou os homens a se afastarem de Deus servindo à criatura antes do Criador, Rom. 1:25; II Tim 3.3. Abraão foi chamado a abandonar o politeísmo e tortnar-se uma verdadeira testemunha do único Deus. Sua chamada foi o começo da missão de Israel e que seria a de pregar o monoteísmo (culto a um só Deus, ao contrário do politeísmo).
03) O PANTEÍSMO
O panteísmo, deriva-se de duas palavras gregas "Pan" (tudo) e "Theos" (Deus). Panteísmo, portanto, significa que Deus é tudo e tudo é Deus. Árvores, pássaros, pedras, terra, água, répteis e homens são declarados partes de Deus. porém, ensina-nos a Bíblia que Deus é distinto da Sua criação. Encontramos em Gênesis, Deus criando o universo, trazendo a natureza à existência, Gen. 1:1-23; Isa 45:18. O panteísmo confunde Deus com a natureza, mas a verdade é que "opoema não é a porta, a arte não é o artista, o músico não é o criador." M. Pearlman.
04) O MATERIALISMO
O materialismo nega qualquer distinção entre a mente e a matéria. Afirma que todas as manifestações da vida e da mente e todas as forças são simplesmente propriedades da matéria. De acordo com o materialismo, não existe Deus, nem diabo, nem anjo, nem alma humana. Não há céu, nem inferno, nem mortalidade, mas apenas a persistência da matéria e da força. Esta teoria é tão absurda, que não merece refutação.
05) O DEÍSMO
O deísmo afirma existir um Deus pessoal que criou o mundo, mas insiste em que depois de criá-lo, entregou-o para ser governado por Suas leis naturais. Em outras palavras, é como quem dá corda num relógio e o deixa trabalhar.
O universo não teria nenhum cuidado de sua parte; sendo assim não poderia haver nenhuma revelaçoa ou milagre de Deus. A Bíblia afirma o contrário, que Deus sempre se revelou a Sua criação prestando-lhe benefícios e ajuda. Para sobrevivência da mesma em relação a terra, Ele a sustenta, Jó 26:7. Em relação às estações climáticas Deus prometeu que elas não faltariam, Gên 8:22. Quanto ao homem foi sempre assistido em todas as suas necessidades, inclusive na maior, provendo-lhe salvação eterna enviando Jesus Cristo, Seu filho amado.
Diante de todas estas teorias antibiblicas devemos cada vez mais examinar as Escrituras Sagradas para conhecermos a vontade de Deus e cumpri-las.
IAP/Outubro 95.





quarta-feira, 10 de março de 2010

O DESTINO DOS HOMENS


PARA ONDE VÃO OS MORTOS?

E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disso o juízo (Hb 9:27).

O assunto de que vamos tratar, sobre o destino dos mortos, é bastante sério, exatamente em razão dos ensinos que surgiram em alguns grupos considerados religiosos, que dão aos mortos destinos contrários aos ensinados pela Bíblia. Esses aspectos serão analisados e comparados com a Palavra autorizada de Deus.
A mente fértil do ser humano criou condições e lugares, os mais contraditórios, para o destino dos mortos. Estaremos analisando as idéias católicas e espíritas sobre o destino dos mortos, ambas influenciadas fortemente pela filosofia grega. O ensino passou até mesmo para as religiões chamadas cristãs. É por isso que, hoje, muitos cristãos crêem no destino dos mortos de forma contrária à Bíblia.
01) A EXPLICAÇÃO CATÓLICA PARA O DESTINO DOS MORTOS
O que acontece conosco, depois da morte? Segundo a doutrina católica romana, as almas dos que são completamente puros, por ocasião da morte, são imediatamente recebidas no céu, na presença de Deus. E os que morreram sem estarem totalmente purificados? Não vão diretamente ao céu, mas devem passar pelo purgatório, antes, num estágio de purificação dos pecados. Observe, agora, como o catolicismo explica o purgatório:
“O que podemos fazer pelos nossos mortos e pelas almas no purgatório? Muitos fiéis partiram desta vida carregando pecados em sua alma (...). Podemos, portanto, rezar com muita confiança que Deus santifique e purifique as almas dos nossos queridos defuntos e as salve do lugar da purificação, o purgatório, e as conduza para a glória da vida eterna.” (O caminho – Síntese da Doutrina Cristã para Adultos, p. 402).
Raimundo F. de Oliveira apresenta a seguinte explicação:
“... de acordo com a teologia romanista, o Purgatório, além de ser um lugar de purificação, é, também, um lugar onde a alma cumpre pena; pelo que o fogo do Purgatório será mais terrível do que todo o sofrimento corporal reunido. Um único dia nesse lugar de expiação poderá ser comparado a milhares de dias de sofrimentos terrenos.” (Seitas e Heresias – p. 23).
De acordo com este autor, a crença no purgatório tem origem no budismo e em outras religiões da antiguidade, sendo que esse ensino entrou na teologia católica no tempo do papa Gregório I.
Na verdade, essa doutrina não tem sustentação bíblica. Então, o que ensina a Bíblia sobre o destino dos mortos? O que acontece depois da morte?
De acordo com a palavra de Deus, os mortos não ficam vagando, não passam por nenhum estado intermediário; eles simplesmente vão para a sepultura, e, lá, permanecem inconscientes, isto é, sem possibilidade de comunicação ou interferência com o mundo dos vivos (Jô 14;12-14; Sl 17:15; 146;4; Ec 9:5,10; Is 38:18; Jo 5:28; I Co 15:51; I Ts 5:23).
O que a Bíblia diz é a evidência clara que não existe alma consciente desfrutando a eternidade ou sofrendo em lugar algum. Logo, arranjar um lugar para expiar pecados, depois da morte, em estado consciente, é doutrina abominável ao Senhor. A Bíblia descarta qualquer possibilidade de rezas e orações em favor dos mortos; eles não serão beneficiados por isso, pois tudo o que deveriam fazer era enquanto viviam. E mais: O único que pode perdoar nossos pecados e nos purificar é Jesus Cristo. Ele o faz pelo seu sacrifício, através do seu sangue (Hb 9:22; I Jo 1:9). Essa autoridade ele recebeu do Pai (Mt 9:6).
O pecador não precisa passar por um purgatório para purificar-se dos pecados; precisa, unicamente, crer no Senhor Jesus e apropriar-se do seu perdão. Os mortos estão nas sepulturas e, de lá, ouvirão a voz de Jesus. Não há lugar para purgatório no evangelho da Bíblia Sagrada. Dessa forma, todo o ser humano, composto de corpo, alma e espírito, aguarda no túmulo, o dia da volta do Senhor. Esse é o ensino da palavra de Deus.
02) A EXPLICAÇÃO ESPÍRITA PARA O DESTINO DOS MORTOS.

A doutrina espírita explica o destino dos mortos pela teoria da reencarnação. O que ensina essa teoria?
De acordo com Allan Kardec, reencarnação “é a volta da alma ou espírito, à vida corporal, mas em outro corpo novamente formado para ele que nada tem em comum com o antigo.” (O Evangelho Segundo o Espiritismo pp.24-25). Assim, através da reencarnação, o espírito caminharia, até chegar a perfeição máxima; passaria por milhares de corpos e, ao final, apenas aquele último entraria no reino de Deus. A “doutrina” da reencarnação constitui-se o cerne de toda discussão espírita. Destruída essa teoria, o espiritismo não poderá subsistir.
Quanto à ressurreição dos mortos, a posição espírita declara o seguinte:
“A ressurreição implica na volta da vida ao corpo já morto – o que a ciência demonstra ser materialmente impossível, sobretudo quando os elementos desse corpo foram, depois de muito tempo, dispersos e absorvidos (...) Se tal crença fosse um erro, Jesus não a deixaria de combater, como fez com muitas outras, mas longe disso, a sancionou com sua autoridade... ‘é ele mesmo o Elias que havia de vir’. Aí não há nem figuras, nem alegorias; é uma afirmação positiva.” (O Evangelho Segundo o Espiritismo, pp.25,27).
Observe: que em tentativa frustrada de defender sua loucura religiosa, Allan Kardec confunde ressurreição com reencarnação. Essa afirmação do espiritismo é uma clara demonstração de insubmissão à autoridade da Bíblia como única fonte de doutrina e prática cristãs. As pessoas que defendem essas heresias usam a palavra de Deus apenas para adaptá-la às suas conveniências religiosas. A Bíblia, ao contrário do espiritismo, ensina que a ressurreição se dará, a cada pessoa, uma única vez (Lc 14:14; I Co 15:12-14; I Ts 4:16).
Aquilo que para a ciência parece impossível, para Deus é possível (Mt 19:26). A ciência acha que o corpo já desfeito há muito tempo não pode ressuscitar, porque entende do ponto de vista material. A Bíblia diz, no entanto: Semeia-se corpo animal ressuscitará corpo espiritual. É realmente um milagre e, ao mesmo tempo, um mistério divino (I Co 15:51).
A “doutrina” da reencarnação é altamente perniciosa à fé cristã, pois a graça salvadora de Deus (Tt 2:11), que restaura e liberta o ser humano do pecado, é completamente descartada, anulada. A reencarnação faz do ser humano o seu próprio salvador. Isso contraria todo o processo de salvação, oferecido ao ser humano, pelo plano de redenção, porque a Bíblia declara que não há salvação fora de Cristo (At. 4:12).
A oportunidade para a salvação é extensiva a todos; porém, só a recebem os que aceitam a Jesus Cristo como Salvador. Reencarnação, sob todos os aspectos, é ensino contraditado pelas Escrituras Sagradas. A Bíblia declara, claramente que, quando o homem morre, só duas coisas acontecem: o corpo volta ao pó e o espírito volta a Deus (Ec 12-7). A Bíblia diz mais: ao homem, está ordenado morrer uma só vez, vindo depois disso o juízo (Hb 9:27). Enfim, não existe reencarnação; somente ressurreição (Jo 5:28-29; I Co 15:20-26).
03) PRINCÍPIOS QUE DEVEMOS PRATICAR

1- As doutrinas humanas que divulgam a reencarnação dos mortos.
Inúmeras pessoas estão sendo enganadas pela “doutrina” espírita da reencarnação. Ela ensina que a nossa alma voltará, várias vezes, para se encarnar novamente em consecutivos corpos, até que se torne um espírito perfeito e glorioso.
O QUE ENSINA A PALAVRA DE DEUS?
Ensina que a reencarnação não passa de uma heresia oposta à doutrina cristã, pois despreza a salvação gratuita de Deus, oferecida somente em Cristo (Jo 3:18, 8:44; At 4:12; Rm 3;23-24, 8:1; Ef 2:8; I Jo 1:7-9).
A teoria de que precisamos morrer várias vezes, para termos a nossa espiritualidade aperfeiçoada, nega a validade do perfeito, completo e definitivo sacrifício salvífico de Cristo (Hb 9:27-28).
Quem tem o filho, tem a vida, e não será condenado a voltar várias vezes à terra, para, em carne, sofrer e cumprir a pena pelo pecado cometido, pois quem ouve as minhas palavras e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não será julgado, mas já passou da morte para a vida, diz o Senhor (Jo 5:24 – NTLH).
2 – As doutrinas humanas que defendem a comunicação com os mortos.
As Escrituras Sagradas condenam, veementemente, a doutrina do espiritismo, que defende a possibilidade de os mortos comunicarem-se com os vivos. A prática da necromancia é repudiada por Deus:
Quando vocês tomarem posse da terra que o Senhor, nosso Deus, está dando a vocês, não imitem os costumes nojentos dos povos de lá. (...) não tolerem feiticeiros, nem quem faz despachos, nem os que praticam essas coisas nojentas. (Dt 18:9-12 – NTLH). É absolutamente errado consultar os mortos. Algumas pessoas podem pedir a você que consulte os adivinhos e os médiuns, que cochicham e falam baixinho. Essas pessoas dirão: “precisamos receber mensagens dos espíritos, precisamos consultar os mortos em favor dos vivos!” mas respondam assim: “O que devemos fazer é consultar a lei e os ensinamentos de Deus. O que os médiuns dizem não tem nenhum valor,” (Is 8:19-20 – NTLH).
3 – As doutrinas humanas que contestam a ressurreição dos mortos.
O cristianismo nega a reencarnação, mas ensina a certeza da ressurreição. A ressurreição dos mortos é o tema central da pregação apostólica. Tanto é assim que Paulo chegou a dizer: E, se Cristo não ressuscitou é vã a nossa pregação, é vã a nossa fé. (I Co 15.14). Assim, a Bíblia declara que todos os que morrerem, sejam crentes ou incrédulos, ressuscitarão.
Comentando o principal texto do Novo Testamento sobre ressurreição, o capítulo 15 de I Coríntios, Champlin demonstra que as provas oferecidas, em prol da verdade da ressurreição, são as seguintes: as escrituras (vv.1-4); as testemunhas oculares (vv. 5-12); a ressurreição de Cristo, que assegura a ressurreição geral (vv. 13); os apóstolos, que foram testemunhas fiéis da ressurreição de Cristo (vv. 15); a fé cristã, que atesta a validade da ressurreição (vv. 16-17); os que morrem em Cristo não perecem, porque a ressurreição é um fato (vv. 18) (O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo, p. 234-235). Portanto, estejamos cada vez mais firmes na certeza da ressurreição prometida por Deus a nós, seus servos.
Texto extraído da lição Bíblica nº 267 – 2004 da Igreja Adventista da Promessa.

terça-feira, 9 de março de 2010

AS 95 TESES DE MARTINHO LUTERO

AS 95 TESES DE LUTERO
1. Dizendo nosso Senhor e Mestre Jesus Cristo: arrependei-vos etc., afirmava que toda a vida dos fiéis deve ser um ato de arrependimento;

2. Essa declaração não pode ser entendida como sacramento da penitência, isto é, a confissão e absolvição que é administrado pelo sacerdócio;

3. Contudo, não pretende falar unicamente de arrependimento interior, pelo contrário, o arrependimento interior é vão se não produz externamente diferentes espécies de mortificação da carne.

4. Assim, permanece a penitência enquanto permanece o ódio de si, isto é, verdadeira penitência interior, a saber, o caminho reto para entrar no reino dos céus.

5. O Papa não tem o desejo e nem o poder de perdoar quaisquer penas, exceto aquele que ele impôs por sua própria vontade, ou segundo a vontade dos cânones, que são os estatutos papais.

6. O Papa não tem o poder de perdoar culpa a não ser declarando ou confirmando que ela foi perdoada por Deus; ou certamente, perdoando os casos que lhe são reservados. Se ele deixasse de observar essas limitações a culpa permaneceria.

7. Deus não perdoa a culpa de ninguém, sem sujeitá-lo à humilhação sob todos os aspectos perante o sacerdote, vigário de Deus.

8. Os cânones da penitência são impostos unicamente sobre os vivos e nada deveria ser imposto aos mortos segundo eles.

9. Por isto o Espírito Santo nos beneficia através do Papa, mas sempre faz exceção de seus decretos no caso da iminência da morte e da necessidade.

10. Os sacerdotes que no caso de morte reservam penas canônicas para o purgatório agem ignorante e incorretamente.

11. Esta cizânia que se refere à mudança de penas canônicas em penas no purgatório, certamente foi semeada enquanto bispos dormiam.

12. As penitências canônicas eram impostas antigamente não depois da absolvição, mas antes dela, como prova de verdadeira contrição.

13. Os moribundos pagam todas as suas dívidas por mais de sua morte e já estão mortos para as leis dos cânones, estando livre de sua jurisdição.

14. Qualquer deficiência em saúde espiritual ou em amor por parte de um homem moribundo deve trazer consigo temor, e quanto mais for à deficiência maior deveria ser o temor.

15. Este temor e esse terror bastam por si mesmos para produzir as penas do purgatório, sem qualquer outra coisa, pois estão pouco distantes do terror do desespero.

16. Com efeito, a diferença entre inferno, purgatório e céu parece ser a mesma que há entre desespero, quase-desespero e confiança.

17. Parece certo que para as almas do purgatório o amor cresce na proporção em que diminui o terror.

18. Não parece estar provado, que por argumentos quer pelas escrituras, que essas almas estão impedidas de ganhar méritos ou de aumentar o amor.

19. Nem parece estar provado que elas estão seguras e confiantes de sua bem aventurança, ou pelo menos, que todos estejam, embora possamos estar seguro disso.

20. O Papa pela remissão plenária de todas as penas não quer dizer a remissão de todas as penas em sentido absoluto, mas das que foram impostas por ele mesmo.

21. Por isto estão em erro os pregadores de indulgências do Papa.

22. Pois para as almas do purgatório ele não perdoa penas a que estavam obrigadas a pagar nesta vida, segundo os cânones,

23. Se é possível conceder remissão completa em penas a alguém, é certo que somente pode ser concedida ao mais perfeito, isto quer dizer, a muito poucos.

24. Daí segue-se que a maior parte do povo está sendo enganada por essas promessas indiscriminadas e liberais de libertação de penas.

25. O Mesmo poder sobre o purgatório que o Papa possui em geral, é possuído pelo Bispo e pároco de cada diocese ou paróquia.

26. O Papa faz bem em conceder remissão às almas não pelo poder das chaves (poder que ele não possui) mas através da intercessão.

27. Os que afirmam que uma alma voa diretamente para fora (do purgatório) quando uma moeda soa na caixa das coletas, estão pregando uma invenção de homens.

28. É certo que quando uma moeda soa, cresce a ganância e a avareza, mas a intenção da igreja está unicamente na vontade de Deus.

29. Quem pode saber se todas as almas do purgatório desejam ser resgatas? (que se pense na história contada de S. Severino e S. Pascoal).

30. Ninguém está seguro da verdade de sua contrição; muito menos de que se seguirá a remissão plenária.

31. Um homem que verdadeiramente compre suas indulgências é tão raro como um verdadeiro penitente, isto é, muito raro.

32. Aqueles que se julgam seguros da salvação em razão de suas cartas de perdão serão condenados para sempre, juntamente com seus mestres.

33. Devemos guardar-nos particularmente daqueles que afirmam que esses perdões do Papa são o dom inestimável de Deus, pelo qual o homem é reconciliado com Deus.

34. Por que essas concessões de perdão só se aplicam às penitências da satisfação sacramental que foram estabelecidas pelos homens.

35. Os que ensinam que a contrição não é necessária para obter redenção ou indulgências estão pregando doutrinas incompatíveis com o cristianismo.

36. Qualquer cristão que está verdadeiramente contrito tem remissão plenária tanto da pena como da culpa, que são sem dúvidas, mesmo sem uma carta de perdão.

37. Qualquer cristão verdadeiro, vivo ou morto, participa de todos os benefícios de Cristo e da Igreja, que são dons de Deus, mesmo sem contas de perdão.

38. Contudo, o perdão distribuído pelo Papa não deve ser desprezado, pois, como disse, é uma declaração de remissão divina.

39. É muito difícil, mesmo para os teólogos mais sábios, dar ênfase na pregação pública simultaneamente ao beneficio representado pelas indulgências e a necessidade da verdadeira contrição.

40. Verdadeira contrição exige penitência e a aceita com amor, mas o beneficio das indulgências relaxa a penitência e produz ódio a ela. Tal é pelo menos a sua tendência.

41. Os perdões apostólicos devem ser pregados com cuidado para que o povo não suponha que eles são muito mais importantes que outros atos de amor.

42. Deve-se ensinar aos cristãos que não é intenção do Papa que se considere a compra de perdões em pé de igualdade com as obras de misericórdia.

43. Deve ensinar-se aos cristãos que dar aos pobres ou emprestar aos necessitados é melhor obra que comprar perdões.

44. Por causa das obras de amor, o amor é aumentado e o homem progride no bem; enquanto que pelos perdões não há progresso na bondade, mas simplesmente mais liberdade de penas.

45. Deve ensinar-se aos cristãos que um homem que vê um irmão em necessidade e passa ao seu lado para dar seu dinheiro na compra de perdões, merece não a indulgência do papa, mas a indignação de Deus.

46. Deve-se ensinar aos cristãos que, a não ser que haja grande abundância de bens, são obrigados a guardar o que é necessário para seus próprios lares e de modo algum gastar seus bens na compra de perdões.

47. Deve-se ensinar aos cristãos que a compra de perdões é matéria de livre escolha e não de mandamento.

48. Deve-se ensinar aos cristãos que, ao conceder perdões, o Papa tem mais desejo (como tem mais necessidade) de oração devota em seu favor do que de dinheiro contado.

49. Deve-se ensinar aos cristãos que os perdões do Papa são úteis se não se põe confiança neles, mas que são enormemente prejudiciais quando por causa deles se perde o temor a Deus.

50. Deve-se ensinar aos cristãos que, se o Papa conhecesse as exações praticadas pelos pregadores de indulgências, ele preferiria que a Basílica de S. Pedro fosse reduzida a cinzas a construí-la com a pele, a carne e os ossos de suas ovelhas.

51. Deve-se ensinar aos cristãos que o Papa, como é de seu dever, desejaria dar os seus próprios bens aos pobres homens de quem certos vendedores de perdão extorquem dinheiro, que para este fim ele venderia, se fosse possível, a Basílica de São Pedro.

52. Confiança na salvação por causa de cartas de perdões é vã, mesmo que o comissário, e até mesmo o próprio Papa, empenhasse sua alma como garantia.

53. São inimigos de Cristo e do povo, os que em razões da pregação das indulgências exigem que a palavra de Deus seja silenciada em outras igrejas.

54. Comete-se uma injustiça para com a palavra de Deus se no mesmo sermão se concede tempo igual, ou mais longo, as indulgências do que a palavra de Deus.

55. A intenção do Papa deve ser esta: se a concessão dos perdões, que é matéria de pouca importância, é celebrada pelo toque de um sino, com uma procissão e com uma cerimônia, então o Evangelho, que é coisa mais importante, deve ser pregado com o acompanhamento de cem sinos, de cem procissões e de cem cerimônias.

56. Os tesouros da igreja de onde o Papa tira as indulgências, não estão suficientemente esclarecidos, nem conhecidos entre o povo de Cristo.

57. É pelo menos claro que são tesouros temporais, por que não estão amplamente espalhados, mas somente colecionados pelos numerosos vendedores de indulgências.

58. Nem são os méritos de Cristo ou dos santos, por que esses, sem o auxilio do Papa, operam a graça do homem interior e a crucificação, morte e descida ao inferno do homem exterior.

59. S. Lourenço disse que os pobres são os tesouros da Igreja, mas falando assim estava usando a linguagem de seu tempo.

60. Sem violências dizemos que as chaves da Igreja, dadas por mérito de Cristo, são esses tesouros.

61. Porque é claro que para a remissão das penas e a absolvição de casos (especiais) é suficiente o poder do Papa.

62. O verdadeiro tesouro da Igreja é o sacrossanto Evangelho da glória e da graça de Deus.

63. Mas este é merecidamente o mais odiado, visto que torna o primeiro último.

64. Por outro lado, os tesouros das indulgências são merecidamente muito populares, visto que fazer do último primeiro.

65. Assim os tesouros do Evangelho são redes com que desde a antiguidade se pescam homens de bens.

66. Os tesouros das indulgências são redes com que agora se pescam os bens dos homens.

67. As indulgências, conforme declarações do que as pregam são as maiores graças; mas maiores se devem entender como rendas que produzem.

68. Com este efeito, são de pequeno valor quando comparados com a graça de Deus e a piedade da cruz.

69. Bispos e párocos são obrigados a admitir os comissários dos perdões apostólicos com toda reverência.

70. Mas estão mais obrigados a aplicar seus olhos e ouvidos à tarefa de tornar seguro que não pregam as invenções de sua própria imaginação em vez da comissão do Papa.

71. Se qualquer um falar contra a verdade dos perdões apostólicos que seja anátema e amaldiçoado.

72. Mas bem acentuado aquele que luta contra a dissoluta e desordenada pregação dos vendedores de perdões.

73. Assim como o Papa justamente investe contra aqueles que sob o pretexto dos perdões, agem em detrimento do negócio dos perdões.

74. Tanto mais é sua intenção investir contra aqueles que sob o pretexto dos perdões, agem em detrimento do santo amor e verdade.

75. Afirmar que os padrões papais têm tanto poder que podem absolver mesmo um homem, que para aduzir uma coisa impossível, tivesse violado a mãe de Deus, é delirar como um lunático.

76. Dizemos ao contrário, que os perdões papais não podem tirar o menor dos pecados venais no que tange à culpa.

77. Dizer que nem mesmo S.Pedro, se fosse o Papa, não podia dar graças maiores, é uma blasfêmia contra S.Pedro e o Papa.

78. Dizemos contra isto que qualquer Papa mesmo Pedro, tem maiores graças que essa, a saber, o Evangelho, as virtudes, as graças da administração (ou da cura), etc. Como em I Co 12.

79. É blasfêmia dizer que a cruz adornada com as armas papais tem os mesmos efeitos que a cruz de Cristo.

80. Bispos, párocos e teólogos que permitem que tal doutrina seja pregada ao povo deverão prestar contas.

81. Essa licenciosa pregação dos perdões torna difícil, mesmo a pessoas estudadas, defender a honra do Papa contra a calúnia, ou pelo menos contra as perguntas capciosas dos leigos.

82. Esses perguntam: porque o Papa não esvazia o purgatório por um santíssimo ato de amor e das grandes necessidades das almas; isto não seria a mais justas das causas, visto que ele resgata em número infinito de almas por causa do sórdido dinheiro dado para edificação de uma Basílica que é uma causa bem trivial?

83. Porque continuam os réquiens e os aniversários dos defuntos ele não restitui os benefícios feitos em favor, ou deixa que sejam restituídos, visto que é coisa errada orar pelos redimidos?

84. Que misericórdia de Deus e do Papa é essa de conceder a uma pessoa ímpia e hostil a certeza, por pagamento de dinheiro, de uma alma pia em amizade com Deus, enquanto não resgata por amor espontâneo uma alma que é pia e amada, estando ela em necessidade?

85. Os cânones penitenciais foram revogados de há muito e estão mortos de fato e por desuso. Porque ainda se concedem dispensas deles por meio de indulgências em troca do dinheiro, como se ainda estivessem em plena força?

86. As riquezas do Papa hoje em dia excedem em muito às dos mais ricos Crassos; não pode ele então construir uma Basílica de S. Pedro, com seu próprio dinheiro, em vez de fazê-lo com o dinheiro dos fiéis?

87. O que o Papa perdoa ou dispensa àqueles que pela perfeita contrição têm direito à remissão e dispensa plenária?

88. Não receberia a Igreja um bem muito maior se o Papa fizesse cem vezes por dia o que agora faz uma única vez, isto é, distribuir remissões e dispensas a cada um dos fiéis?

89. Se o Papa busca pelos seus perdões antes a salvação das almas do que dinheiro, por que suspende ele cartas e perdões anteriormente concedidos, visto que são igualmente eficazes?

90. Abafar esses estudados argumentos dos fiéis apelando simplesmente para a autoridade papal em vez de esclarecê-los mediante uma resposta racional, é expor a Igreja e o Papa ao ridículo dos inimigos e tornar os cristãos infelizes.

91. Se os perdões fossem pregados segundo o espírito, e a intenção do Papa seria fácil resolver todas essas questões; antes, nem surgiriam.

92. Portanto, que se retirem todos os profetas que dizem ao povo de Cristo, “paz, paz”, e não há paz.

93. E adeus a todos os profetas que dizem ao povo de Cristo. “a cruz, a cruz” e não há cruz.

94. Os cristãos devem ser exortados a esforçar-se em seguir a Cristo, sua cabeça, através de sofrimentos, mortes e infernos.

95. E que eles confiem entrar no céu antes passando por muitas tribulações do que por meio da confiança de paz.

quinta-feira, 4 de março de 2010

CONFIANÇA E FÉ

IGREJA ESPIRITUAL X IGREJA CARNAL
ESPIRITUALIDADE
Este é um assunto que vem norteando a vida e a fé de muita gente, preocupadas em estar participando duma igreja, a qual considera que deva ser espiritual ou avivada e não uma igreja fria ou carnal.Os caminhos são os mais diversos possíveis, encontram-se igrejas de todos os tipos e gostos. Igrejas cujos líderes parecem ser verdadeiros milagreiros, que impressionam o povo somente por olhar e também aquelas onde o próprio nome de Jesus Cristo, não tem mais sentido. Existem ramificações para todos os lados, pessoas inconformadas com sua liderança, se desvinculam e abrem determinado movimento, fazendo da doutrina como lhe aprouve. Outros vêm a possibilidade de prosperar tendo um movimento próprio, onde todos os recursos são administrados por sua mão.E no meio de tudo isso, encontra-se um povo em busca de algo mais, e este algo mais tem sido usado como isca para atrair os incautos e simplistas.O que está acontecendo com a nossa Igreja Brasileira? Como reagir diante de tamanhas barbaridades, manipulações e promoção pessoal?Esperamos poder elucidar alguns pensamentos ou até mesmo dar esclarecimentos necessários que possam fortalecer os domésticos da fé, a levarem uma vida íntegra e pautada na palavra de Deus, que é o justo Galardoador.Para compreendermos o raciocínio, precisamos voltar no tempo e encontrarmos as nossas origens, num princípio não muito distante, pois a verdadeira Igreja nasceu nas práticas rudimentares da divulgação dos evangelhos, e antes mesmo, através da convocação dos discípulos pelo Senhor Jesus Cristo, em Mateus 4.12 .A partir do chamado dos discípulos, Jesus inicia a sua Igreja, treinando seus líderes e expondo-lhes os mistérios do reino de Deus; durante sua vida aqui na terra, trabalhou arduamente na capacitação daqueles que chamou. Sua consciência era tal que todos os dias vemos Jesus Cristo instruindo aqueles que se aproximavam dele, em nenhum momento se esquivou de orientá-los; pelo contrário deixou até mesmo de se alimentar para realizar a obra do Pai que o tinha enviado (João 3.16) para uma missão. Ele sabia tudo o que precisava realizar e também conhecia tudo o que lhe aconteceria e isto foi repassado aos seus discípulos aos poucos, para que conseguissem compreender, as grandezas de Deus.Depois de sua morte e ascensão aos céus, os discípulos mediante a sua palavra Mat. 28.18 a 20 continuaram a sua jornada, dando inicio então a obra missiológica na face da terra. Começaram com muitas dificuldades, mas não desistiram mediante as perseguições; estavam confiados na palavra e sabiam que Deus os manteria firmes.Tão logo se reuniram no cenáculo, aguardando o cumprimento das palavras de Jesus, um vento veemente veio sobre eles e viram línguas de fogo como repartidas vindo sobre eles e todos foram cheios da presença do Espírito Santo, falando nas línguas de seus países de origem e também em línguas como de anjos, de tal forma que o barulho incomodou aquela multidão, que estava ali na cidade para a festa de pentecostes. Atos 2.1-13. Ali surge oficialmente a primeira igreja. Uns grupos de pessoas cheias da presença do Espírito Santo testemunhavam das grandezas de Deus, e conforme falavam ou se reuniam para orar Deus ia acrescentando tantos que iam de se salvar. Atos 2.42.A divulgação do Evangelho de Jesus Cristo prospera e não mais fica em Jerusalém, a palavra avança aos territórios longínquos. Começamos aqui a notar a espiritualidade destes nossos irmãos.Quando se reuniam, faziam para adorar ao Senhor, contar as bênçãos de Deus na vida daqueles os quais saiam a apregoar as boas novas e dos que recebiam e abraçavam com amor, a esperança de alcançar a vida eterna. Suas reuniões eram simples, não tinham conforto algum, muitas vezes nas casas, em lugares ocultos e quando muito também nas prisões, Atos 5.18 .As espiritualidades daqueles homens não consistiam em fazer barulhos ou programar palavras de efeitos, e nem mesmo ousavam direcionar suas falas a Deus com arrogância, como vemos em nossos dias.A simplicidade reinava em seus corações e por onde passavam Deus se encarregava de acrescentar aqueles que iam se salvar. Suas vidas contínuas eram cheias de amor vivendo em harmonia e repartindo o pão a cada dia com os necessitados. Os tempos foram passando, estes discípulos precisaram fazer novos discípulos, muitos foram mortos, decapitados; presos esquartejados; mas a palavra de Deus não ficou presa; pois não estava ligada a vontade humana, ou do jeito que queriam, ela era absoluta e indispensável para todos.Chegamos aos anos 94-96 d. C. quando o apóstolo João já de muita idade (cerca de 90 anos) é preso depois de escrever o Evangelho de João, pois uma ramificação gnóstica já atordoava nossos irmãos do passado, trazendo dúvidas quanto a divindade de Jesus Cristo e que se já tinha vindo, não devia se esperar mais. As confusões foram grandes na época, muitos se apostaram da fé, o que levou o apóstolo João a escrever as epistola rebatendo os falsos mestres, chamando-os de filhos do diabo. Como conseqüência foi preso e lançado na prisão numa ilha de Patmos, onde os bandidos eram aprisionados para quebrar pedras até a morte. E lá o apóstolo João ficou preso, sendo obrigado aos trabalhos forçados, ocasião em que recebeu a revelação do Apocalipse. Deus o orienta a escrever as sete igrejas da Ásia ( Éfeso; Smirna; Pérgamo; Tiatira; Sardo; Filadélfia e Laodicéia.) Naquela região da Ásia existiam dez igrejas segundo os historiadores, ocorre no entanto, que estas eram as principais e devido as suas localizações tudo o que recebiam ira repassado as demais com muita facilidade.Quando o texto fala igreja, fale ressaltar aqui que não era um templo construído a vista de todos, mas a uma comunidade de pessoas que se reuniam em determinado lugar para cultuar a Deus e tinham um líder que os comandavam. Naquela época a igreja era móvel; sempre mudando de lugar, basicamente os cultos eram realizados nas casas dos irmãos, os fiéis. Os primeiros templos foram construídos cerca de 200 anos após a morte de Jesus Cristo.As cartas a estas sete igrejas foi uma forma de advertência de Jesus Cristo o Senhor da Igreja, àqueles que estavam dando continuidade aos seus trabalhos; no entanto; estavam se corrompendo e desviando dos propósitos do Senhor. Surge então a igreja carnal.
Igreja em Éfeso: provavelmente seu pastor era o jovem Timóteo. Uma igreja que fazia prova daqueles que se diziam apóstolos e os achavam mentirosos. Ocorre, porém que deixaram o primeiro amor começaram a ensoberbecer e não praticavam mais as obras iniciais, em buscar a Deus em tudo que precisam e estarem aos pés do Senhor. As influências começavam a destruí-los, daí a advertência de arrependimento.Igreja em Smirna: não sabemos quem era o seu pastor, esta igreja suportou a perseguição em nome de Jesus Cristo. Foi uma igreja sofredora, esta é uma carta dedicada exclusivamente a um relato de suas aflições passadas e presentes, um aviso de futuras provações mais drásticas e encorajamento para suportá-las. Prova de a igreja espiritual suportar as perseguições.Igreja em Pérgamo: nesta igreja existiam pessoas que se apegavam aos ensinos dos nicolaítas e de Balão, induzindo-os a comer alimentos sacrificados aos ídolos e a praticar a imoralidade sexual. Descuidos advertidos por Deus, pois já não mais viviam de acordo com os ensinamentos primitivos.Igreja em Tiatira: tinham entre eles uma mulher profetisa que os enganavam com falsas profecias para que se prostituissem e comecem dos sacrifícios da idolatria. Vejam que as falsas profecias não são coisas novas.Igreja em Sardo: Não viviam de acordo com a palavra de Deus, advertência para lembrar-se do que tinham recebido e guarda-o. Desprezar a palavra de Deus também não é coisa nova.Igreja em Filadélfia: Manteve-se fiel a palavra do Senhor e recebe a palavra de encorajamento para continuar até o fim e receberia a coroa da vida eterna. Fidelidade a palavra de Deus, marca da igreja espiritual.Igreja em Laodicéia: Uma igreja indecisa, não era quente e nem fria, não era espiritual e nem carnal por este motivo a palavra vomitar-te. Consideravam que pelo fato de terem muito dinheiro e estar no local privilegiado, área de comercio, achavam que tinham muito. Mas o Senhor diz-lhes que eram pobres e nus cegos e miseráveis.Percebam que a espiritualidade marcou também as nossas igrejas no principio, algumas se mantiveram firmes outras nem tanto. A espiritualidade nunca esteve ligada a barulho ou a expulsão de demônios, mas sim a fidelidade, a segurança em Cristo, suportar as perseguições.Nada melhor do que voltar as nossas origens para conhecermos o que estamos vivendo. Hoje para identificarmos uma igreja espiritual ou carnal, não basta apenas dizer esta ou aquela é espiritual ou carnal. Precisamos conhecer detalhes, que marcam a vida dos cristãos que professam o nome de Jesus Cristo.Marcas da Igreja Espiritual1. Jesus Cristo é o centro do culto2. A bíblia é o instrumento usado3. O cerimonial é de acordo com a bíblia4. Oram em nome de Jesus Cristo para suas petições5. As profecias são de acordo com a bíblia6. Os fiéis são compromissados com Deus7. Os louvores proclamam a Glória de Deus8. A oração faz parte da vida dos cristãos9. As pregações são extremamente bíblicas10. Reina o amor e a unidadeMARCAS DA IGREJA CARNAL1. Os líderes são os destaques2. Muitos livros são usados menos a bíblia3. O cerimonial é de acordo com os rituais4. Oram ordenando coisas a Jesus Cristo5. As profecias são para satisfazer o ego6. Os fiéis têm compromissos com os líderes7. Os louvores proclamam a exaltação dos cristãos8. Não se importam em orar9. As pregações são fictícias com contos e fantasias10. Não existe vínculo entre aqueles que freqüentam a igreja.Atentem que não é a altura das glorificações e cultos de libertações que revelam se uma igreja é ou não espiritual. Muitas pessoas estão apenas focando situações decorrentes do estado emocional dos fiéis, dizendo que a igreja estava espiritual quando houve muitas glorificações e profecias ou demônios se manifestam.Quero chamar a atenção neste ponto; se o dirigente do culto fizer uma excelente ministração no principio, tem a chance de ter um culto avivado, com muitas glorificações e até mesmo línguas estranhas. Se porventura, ele (ela) não estiver bem psicologicamente e nas suas palavras demonstrar insegurança, descontentamento, tristeza ou fraqueza, o resultado do culto será idêntico ao que foi transmitido. Isto também vale para as ministrações de louvores e até mesma nas pregações.O falar em línguas estranhas ocorre devido a ação do Espírito Santo, que está trabalhando na vida dos irmãos (ãs) para causar alguma transformação, pois o apóstolo Paulo nos diz claramente em I Coríntios 14.2 que quem fala em línguas estranhas, não fala aos homens mas a Deus, porque ninguém o entende, e o espírito fala de mistérios. Versículo 04 – porque o que fala língua estranha edifica-se a si mesmo.O que a bíblia explica sobre o expulsar demônios (Mateus 12.43). A libertação só ocorre pelo poder de Jesus Cristo que venceu todo o poder das trevas, conseqüentemente o nome a ser usado é nome de Jesus Cristo no momento das orações. Ocorre que muitos ao orar, ao invés de pedir a benção de Deus a quem esta recebendo a oração, ora repreendendo demônios e não se preocupam com as pessoas.Quando alguém se dispõe a receber a oração já está ocorrendo uma ação do Espírito Santo de Deus, e no momento da ministração se houver a manifestação então sim, repreende o inimigo em nome de Jesus Cristo, para que a pessoa seja liberta.Não temos bola de cristal, para saber quem está possesso ou não. Uma pessoa pode estar sendo vítima de Satanás sem que o espírito maligno esteja em seu corpo; e neste caso a oração de intercessão pode muito em seus efeitos Tg 5.16; e Deus que é poderoso e conhecedor das causas age na libertação do indivíduo, sem que ocorra a manifestação espiritual do maligno.Para aqueles casos em ocorre a manifestação diabólica, temos que ter em mente o que está escrito em Mateus 12.43 – que o espírito maligno ao sair vai para lugares áridos buscando repouso e não achando, diz voltarei para a minha casa donde saí. E achando-a desocupada, varrida e adornada, então vai e leva consigo outros sete espíritos piores do que ele, e habitando ali provocam atos piores do que os primeiros.Atentem para isso, quando na igreja não se tem preocupação com as pessoas que manifestam demônios, está não trabalhando para o reino de Deus, mas sim segundo o que nós lemos para o maligno, porque se esta pessoa que foi libertada não aceitar a Jesus Cristo como Senhor e Salvador, ou seja, casa desocupada sofrerá conseqüências piores do que antes.Portanto é responsabilidade da Igreja cuidar daqueles que sofreram a libertação, até que possam sozinhas suportar as batalhas e resistir a Satanás.Usar o nome de demônios no momento da oração também não é correto, pois Satanás é um espírito enganador, e na bíblia não se tem a relação de nomes que se ouvem em determinadas igrejas.A astúcia do inimigo é muito grande, ele conhece a bíblia melhor do que quaisquer cristãos e sabe como usar esta arma até mesmo contra os próprios crentes.Não são raras às vezes, que Satanás lança pensamentos contra os cristãos e isto pode ocorrer até mesmo nos momentos de oração, para confundir os servos do Deus altíssimo. E quando não há discernimento transferem isto para a igreja como sendo profecia vinda da parte de Deus. Acautelem-se, pois nada que contraria a bíblia vem da parte de Deus.Observemos a seguinte colocação João 3.16 “ Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. O mundo estava vendido ao pecado; a ação de Deus não foi só para alguns, pois a palavra “todo” representa universalidade e não unidade. E tem valor para todos os que crerem. Ainda; em João 17 na oração de Jesus por seus discípulos menciona no versículo 20 “ E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela sua palavra hão de crer em mim” . Percebam que novamente não há período de tempo. E ainda, em João 17.24 “ Pai, aqueles que me deste quero que, onde eu estiver , também eles estejam comigo, para que vejam a minha glória, que tu me destes...Estranho pensar que Deus ofereça seu maior bem, o próprio Filho em sacrifícios pelos pecadores e depois quando O aceitam e por não conseguir sozinho ser santo; Deus o lance fora da igreja. Como fica a questão do Espírito Santo estar intercedendo por nós com gemidos inexprimíveis? Não seria para nos transformar, pois não está escrito que o espírito milita contra a carne. Humano algum consegue produzir santificação por sua própria vontade, se não houver o auxílio de Deus, ninguém conseguirá, pois é Deus quem nos dá força para resistir ao pecado e aos ataques de Satanás para sermos mais do que vencedores.Será que no decorrer de nossa jornada, não sofremos ataques do inimigo que nos levam a desmotivar e a fraquejar? e por insegurança, e quem sabe até mesmo medo, nos afastamos da casa de Deus.Lembremos irmãos que a vergonha por ter tomado qualquer atitude precipitada é uma grande arma nas mãos de Satanás, que sabe usá-la com muita habilidade de forma a impedir, que haja o arrependimento e a reconciliação com Deus e aproximação com os irmãos. A questão do orgulho é uma das maiores causas do afastamento dos cristãos do convívio com Deus e da comunhão com os demais irmãos.Por todos estes motivos que não podemos dizer que Deus está tirando pessoas da igreja, como forma de purificá-la. Ele Deus sabia que o ser humano é imperfeito e isto não o impediu de justificá-lo mediante o derramamento do sangue do próprio Filho. Se nós adotarmos o que está escrito em João 15 ( a videira verdadeira) para os nossos dias sem entendimento, poderemos fazer um estrago de proporções medonhas.Neste caso em específico, precisamos ler e ter em mente que tudo que é possível e impossível Deus está fazendo para salvar a humanidade, mas não podemos esquecer-nos do juízo vindouro (Apocalipse) da vinda do Senhor Jesus Cristo, quando aí sim, todos aqueles que não produziram frutos serão cortados e lançados no fogo para serem consumidos. Esta expressão vai de acordo com os escritos em Lucas 13.22-30 ; 17.20-37; Mat 7.22-23. Portanto acreditamos que todos os que foram comprados com o sangue do Cordeiro de Deus, estão sendo transformados e se alguns não chegam ou não conseguem persistir, não foi Deus quem o lançou fora, mas sim, que preferiu ao mundo as coisas santas.Podemos então concluir que uma igreja espiritual é aquela em que Jesus se faz presente conforme cita Mateus 18.20 “ Porque onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome (Jesus Cristo) aí estou eu no meio deles.”Uma igreja não deixa de espiritual porque pessoas de afastam da comunhão, ou até mesmo abandonam a Cristo. Uma igreja não deixa de ser espiritual se porventura não ocorrer a manifestação de línguas estranhas.Uma igreja não deixa de ser espiritual, se não ocorrer a manifestação de demônios na hora da oração.Uma igreja não deixa de ser espiritual, em função de poucas glorificações.Uma igreja não deixa de ser espiritual, quando as pregações são mais teológicas.Uma igreja não deixa de ser espiritual porque tem horários para iniciar e terminar os cultos.Uma igreja não deixa de ser espiritual porque os irmãos estão em tribulação.Uma igreja não deixa de ser espiritual porque não houve profecias.Uma igreja deixa de ser espiritual, quando seus integrantes esquecem-se de seus compromissos com Deus e se envolvem em questões humanas, partidaristas.Uma igreja deixa de ser espiritual, quando Jesus Cristo se torna apenas um escravo de suas vontades.Espero em Deus que você meu irmão; irmã, possa refletir no que é ser uma igreja espiritual e venha participar ativamente nos trabalhos que Deus tem nos colocado às mãos para fazer. E não se deixe envolver por comentários que não traz a tona a Glória de Deus. Lembre-se que tudo o que estamos fazendo é apenas administrar a obra do Mestre. É Ele que pode mudar e muda quando quiser. O nosso esforço é para fazer o melhor na obra do Senhor enquanto tivermos força.Que a benção do Senhor nosso Deus, seja contigo e seus familiares.
Pr. Carlos Edson de Almeida.

segunda-feira, 1 de março de 2010

DESCONHECIMENTO BÍBLICO


Por Erní Walter Seibert - Editor Chefe Sociedade Bíblica do Brasil

Ensinar as pessoas a ler e escrever era um hábito desenvolvido pelo povo de Deus desde os tempos do Antigo Testamento. Era importante que qualquer pessoa aprendesse a ler e escrever para conhecer os ensinamentos de Deus. No Antigo Testamento, o povo de Israel desenvolveu um sistema de ensino onde as sinagogas desempenhavam papel preponderante nessa tarefa. Durante a semana, funcionavam como escolas e, no sábado, tornavam-se local de culto.
No Novo Testamento, esse costume teve continuidade. Os cristãos alfabetizavam as pessoas porque julgavam importante todos terem conhecimento bíblico. isso se tornou tão importante que, dessas escolas, séculos mais tarde, surgiram as primeiras universidades.
Se olharmos a divulgação da Bíblia em nosso País, podemos dizer que, como livro, a bíblia é um livro muito conhecido. O número de Bíblias distribuídas a cada ano alcança a casa dos milhões. no entanto, daí a dizer que nosso País tem abundância de conhecimento bíblico há uma grande distância.
De certa forma podemos dizer que, mesmo com a grande distribuição da Bíblia, vivemos tempos de analfabetismo bíblico.
o que pode e deve ser feito para modificar essa situação? A função de uma Sociedade Bíblica não é apenas traduzir e publicar o texto bíblico. Quando igrejas e cristãos se reuniram para fundar a Sociedade Bíblica do Brasil, entre as tarefas que viam pertinentes ao seu trabalho estava a de tornar a Bíblia o livro do Brasil. Isso significa que o analfabetismo bíblico não deveria estar presente em solo nacional.
Para alcançar esse objetivo, não basta para a Sociedade Bíblica traduzir e publicar o Livro Sagrado.
É preciso também incentivar a leitura bíblica nas pessoas, o uso da Bíblia nas igrejas e nas organizações cristãs, bem como fazer a divulgação e defesa da Bíblia perante a opinião pública. Para uma tarefa tão grande, evidentemente a Sociedade Bíblica precisa do apoio constante e da participação de todos.
Na Revista de nº226 existem vários testemunhos de como isto está acontecendo, para diminuir o analfabetismo bíblico no Brasil. Se muito já foi feito nesse sentido, muito ainda há para ser realizado.