sexta-feira, 15 de outubro de 2010

A NOSSA CRENÇA SOBRE A JUSTIFICAÇÃO




Justificação não é salvação e nem conversão – ela faz parte do processo que inicia a caminhada do novo cristão, até então considerado ímpio.
A salvação é composta de componentes, e a justificação é uma delas.
Pensemos um pouco de que maneira o ser humano, pecador cheio de falhas, pode ser aceito na presença de Deus, um ser infinitamente santo e perfeitamente justo?
Resposta: a única maneira de sermos aceitos diante dele é ser limpos dos nossos pecados. Como isso é possível?
Pelo sacrifício de Jesus, quando o recebemos como Salvador da nossa vida, Deus nos perdoa e somos declarados justos.
Então a justificação é o ato pelo qual Deus declara que aos seus olhos, os pecadores são justos – olha aquele que anteriormente era ímpio e agora aceitou a Jesus, através do sacrifício do Cordeiro – Jesus Rm 5:1-2.
Como pode Deus declarar inocente uma pessoa que é culpada? Não estaria ele cometendo uma injustiça?
A resposta é não, pois Ele nos justifica mediante o sacrifício de seu Filho na cruz do calvário. Esse foi o preço de nosso resgate.
A escritura Sagrada nos afirma que o salário do pecado é a morte (Rm 6.23) ou seja, esta é a recompensa perante Deus, e pelo fato de o Senhor ser justo, todo o ser humano deveria receber a condenação prevista, a morte.
Esse foi o preço da vida de cada um de nós, a morte de Jesus Cristo, pois, sem derramamento de sangue, não há remissão dos pecados Hb 9.22. Por isso, Jesus Cristo o justo, porque não tinha pecado e nem pecou, morreu no lugar dos injustos, ou pecadores.
Na cruz, houve uma troca de papeis, Cristo morreu a nossa morte, para vivermos a vida que era dele por direito. Ele, de forma voluntaria entregou-se para cumprir a condenação e pagar a pena que era nossa. Herdamos pela natureza humana o pecado, pois todos nós somos descendentes de Adão. É com base na morte de Jesus Cristo, que somos justificados. Note o que diz a Palavra de Deus: Aquele que não conheceu pecado, Ele o fez pecador por nós, para que nele, fossemos feitos justiça de Deus, 2 Co 5.21 - . Assim sendo a justificação, é o ato do Senhor declarar com base na morte substitutiva de seu Filho que todo pecador, que o recebe por salvador tem os pecados cancelados e a condenação anulada.
A justificação tem quatro características fundamentais que nos ajudam a entendê-la:
Em primeiro lugar a justificação é uma obra instantânea. Não ocorre pouco a pouco é imediata e completa. Quando o pecador se rende a Cristo, ele é logo justificado de seus pecados diante de Deus. Em segundo lugar a justificação é um ato legal. Ela lembra o que acontece nos tribunais, quando o juiz pronuncia a sentença. No caso da justificação, somos os réus e Deus é o juiz. Quando ele nos justifica esta nos declarando inocentes pela fé, Jesus nos leva diante do soberano universo para ouvirmos a nossa sentença e ele nos diz: COM BASE NA MORTE DE MEU FILHO NA CRUZ DECLARO QUE O RÉU É INOCENTE.
Em terceiro lugar, a justificação é uma ação graciosa, ou seja, nós a recebemos pela graça, pois é algo que não merecemos. Não é uma conquista nossa, visto que não temos condição por nós mesmos, de nos justificar. Assim informou Isaias, mas todos nós somos como o imundo e todas as nossas justiças, como trapo de imundícias (Isaias 64.6). por isso somos justificados pela fé em Jesus Cristo e não pelas obras (Rm. 3.20 – 11.6 Tito 3.4-7).
Em quarto lugar: é um feito poderoso, quem a executou foi o próprio Deus. Não é um ato humano, mas algo que provém do Altíssimo. Ele é o idealizador e o executor desse feito.
Essa verdade nos enche de segurança.
Quem fará alguma acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem nos condenará? Rm 8.33-34 – A resposta é Ninguém!
Deus nos justificou poderosamente. Foi ele quem nos salvou e nos perdoou. É o Senhor quem nos garante a vitória sobre o pecado e a morte.
Não precisamos temer as acusações do inimigo, pois aquele que é infinitamente mais poderoso está ao nosso lado.
Ele é justo e justificador daquele que tem a fé em Jesus Cristo Rm 3.26.