sábado, 25 de junho de 2011

OS MISTÉRIOS DA NATUREZA - SÓ DEUS ENTENDE.

Sim, essa bola de pelo ai do lado é um coelho da raça English Angorá.


É um dos grandes campeões de uma competição organizada pela American Rabbit Breeder Association (Associação de Loucos Amantes de Coelhos).

Esses coelho são tratados desde pequeno para participarem de competições e desenvolver todo esse pelo.

Benny é um coelho britânico da raça Flemish Giant, mede 85 centímetros e pesa mais de 10 quilos.

Seus donos colocaram o seu perfil na rede social Facebook e para bater o recorde do livro Guinness do maior coelho do mundo, o britânico Benny precisa provar que tem tamanho e peso maior em relação a sua raça, e que come o normal para um coelho, e não em excesso, como muitos proprietários fazem para conseguir alcançar a marca, aumentando exageradamente a alimentação de suas criações para entrar no Livro de Recordes.

O coelhinho tem 20 centímetros de orelhas e só se alimenta de frutas, vegetais e ração própria para a sua raça. Tratado como animal de estimação vive na casa com os seus donos.
Diferente das raças de coelhos gigantes que são criados exclusivamente para o abate.
Os coelhos gigantes proporcionam uma grande quantidade de carne e pelo para a venda.
O pelo utilizado em diversas formas reduz a matança de outros animais raros e em extinção pelo mundo, que só forneceriam a pelagem e não a carne.
Além do que, a reprodução dos coelhos é muito grande e são muito bem adaptados em cativeiros.
Recentemente um coelho gigante selvagem andou aprontando nas hortas de cenoura do norte da Inglaterra, fazendo um estrago imenso.
Depois de ter sido capturado e apresentado a comunidade local como o monstro da horta, o pobre coelho gigante de mais de doze quilos foi abatido.
Outras raças gigantes além do Coelho de Flandres e o Flemish são a Checkered Giant, French Lop, Giant Chinchilla.

As demais raças ficam entre 4 a 7 quilos como é o caso do Coelho Angorá proveniente de Angorá, na
Turquia, que não passa de 4 quilos, mas é a espécie que mais produz pelos.
Muitos consideram a sua carne boa, por isso a importância do coelho tanto na alimentação como no comércio de peles

terça-feira, 7 de junho de 2011

DEUS - EM TRÊS PESSOAS

TEMA: DEUS EM TRÊS PESSOAS: A TRINDADE


Leitura sugerida: João 1.1-14
Introdução: A maior curiosidade das pessoas não é entender a revelação progressiva de Deus da sua pessoa. Mas querer saber dos pregadores, base bíblica para descobrir quem criou ou formou Deus. Vale a pena lembrar aos nossos queridos irmãos, que o nosso Senhor (Deus) não é nenhum objeto resultado de mãos humanas ou atos humanos.

Deus é eterno, antes de tudo existir Ele já existia. Se existisse alguém antes de Deus e que os teria formado, com certeza estaria nas escrituras sagradas e mesmo porque tanto Pai como Filho e Espírito Santo teriam a obrigação de adorá-lo. Pois quem consegue imaginar um ser superior a Deus, capaz de criar outro ser inferior a ele e nunca ser citado e nunca exigir adoração ou devoção de seus súditos.

Isto prova que não existe nada superior a Deus ( Pai – Filho e Espírito Santo ).


1. Como Deus pode ser três pessoas distintas, porém um só Deus?

Se nós fossemos apenas estudar e discutir os atributos de Deus, de modo nenhum compreenderíamos corretamente a Deus, pois não compreenderíamos que Deus, no seu próprio ser, sempre existiu como mais de uma pessoa. De fato, Deus existe como três pessoas, porém é um só Deus.

É importante lembrar a doutrina da Trindade em relação com o estudo dos atributos de Deus. Quando concebemos a Deus como ser eterno, onipresente, onipotente e assim por diante, talvez tenhamos a tendência, em relação a esses atributos, de concebê-lo apenas como Deus Pai.

Mas o ensinamento bíblico sobre a Trindade nos diz que todos os atributos de Deus valem para as três pessoas, pois cada uma delas é plenamente Deus. Assim (Deus) Filho e Espírito Santo são também eternos, onipresentes, onipotentes, infinitamente sábios, infinitamente santos, infinitamente amorosos, oniscientes e mais....

A doutrina da Trindade é uma das mais importantes da fé cristã. Estudar os ensinamentos bíblicos sobre a Trindade lança forte luz sobre a questão que está no âmago da nossa busca de Deus: como é Deus em si mesmo? - Aqui aprendemos que, em si mesmo, no seu próprio ser, Deus existe nas pessoas do Pai, Filho e do Espírito Santo, sendo porém um só Deus.
A. – A DOUTRINA DA TRINDADE REVELA-SE PROGRESSIVAMENTE NAS ESCRITURAS

I. A revelação parcial no Antigo Testamento: A palavra Trindade não se encontra na Bíblia, embora a idéia representada pela palavra seja ensinada em muitos trechos. Trindade significa “tri-unidade” ou “três-em-unidade”. Ela é usada para resumir o ensinamento bíblico de que Deus é três pessoas, porém um só Deus.

Às vezes se pensa que a doutrina da Trindade se encontra somente no Novo Testamento, e não no Antigo. Se Deus existe eternamente como três pessoas, seria surpreendente não encontrar indicações disso no Antigo Testamento. Embora a doutrina da Trindade não se explicitamente no Antigo Testamento, várias passagens dão a entender ou até implicam que Deus existe como mais de uma pessoa.

Por exemplo: segundo Gênesis 1.26, Deus (´Elõhîm) disse: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança”. O que significa o verbo “façamos” e o pronome “nossa” ambos na primeira pessoa do plural?

1ª contestação: Alguns já afirmaram se tratar de plurais majestáticos, forma de falar que um rei usaria para dizer, por exemplo: “Temos o prazer de atender-lhe o pedido”. Porém , no Antigo Testamento hebraico, não se encontram outros exemplos em que o monarca use verbos no plural ou pronomes plurais para referir-se a si mesmo nessa forma de “plural majestático”, portanto, essa sugestão não tem evidências que a sustentem.

2ª contestação: Outra sugestão é que Deus esteja aqui falando com anjos. Mas os anjos não participaram da criação do homem, nem foi o homem criado a imagem e semelhança dos anjos; por isso a sugestão não é também convincente.

A melhor explicação é que já nos primeiros capítulos de Gênesis temos uma pluralidade de pessoas no próprio Deus. Apenas neste versículo, não temos nada que se aproxime de uma doutrina completa da Trindade, mas implica-se que há mais de uma pessoa. O mesmo se pode dizer de Gênesis 3.22 “ Eis que o homem se tornou como um de nós, conhecedor do bem e do mal”, Gênesis 11.7 “Vinde, desçamos e confundamos ali a sua linguagem” e Isaias 6.8 “A quem enviarei, e quem há de ir por nós?” Repare a combinação de singular e plural na mesma oração na última passagem.

Além disso, em determinadas passagens uma pessoa é chamada de Deus. Em Salmos 45.6-7 diz o salmista: “ O teu trono, ó Deus, perdurará para todo o sempre....[ ] Tu amas a justiça e odeias a iniqüidade; portanto, Deus, o teu Deus, te estabeleceu acima dos teus companheiros ungindo-te com óleo da alegria” = Aqui o Salmo vai além de descrever algo que poderia valer para um rei terreno, e chama o rei de “Deus” (v.6) cujo trono perdurara “para todo o sempre”. Mas então, ainda falando da pessoa chamada Deus, o autor diz que Deus , o teu Deus, te estabeleceu acima dos teus companheiros (v.7) Então duas pessoas distintas são denominadas Deus (hebraico ´Êlõhîm). No Novo Testamento, o autor de Hebreus cita essa passagem e a aplica a Cristo: O teu trono, ó Deus, é para todo o sempre, Hb 1.8.

Do mesmo modo em Salmos 110.1, fala Davi: Disse o Senhor ao meu Senhor: assenta-te a minha direita, até que eu ponha os teus inimigos debaixo dos teus pés. - Jesus corretamente entende que Davi se refere as duas pessoas distintas como Senhor (Mt 22.41-46), mas quem é o Senhor de Davi senão o próprio Deus? E quem poderia dizer a Deus, Assenta-te à minha direita, exceto alguém que também seja plenamente Deus?

Do ponto de vista do Novo Testamento, podemos parafrasear assim este versículo: Deus Pai disse ao Deus Filho: Assenta-te a minha direita. Mas mesmo sem o ensinamento do Novo Testamento sobre a Trindade, parece claro que Davi estava ciente de uma pluralidade de pessoas num só Deus. - Jesus, é claro, compreendia isso, mas quando pediu aos fariseus uma explicação dessa passagem, ninguém lhe podia responder palavra, nem ousou alguém, a partir daquele dia, fazer-lhe perguntas (Mt 22.46).

Isaias 63.10 diz sobre o povo de Deus que : eles foram rebeldes e contristaram o seu Espírito Santo, dando a entender aparentemente, tanto que o Espírito Santo é distinto do próprio Deus (é seu Espírito Santo) quanto que este Espírito Santo pode se contristar, entristecer-se, aventando assim capacidades emocionais características de uma pessoa distinta. Isaias 61.1 também distingue: O Espírito do Senhor Deus - do Senhor.

Em Oséias 1.7 O Senhor fala da casa de Judá: E os salvarei pelo Senhor, seu Deus - novamente sugerindo que mais de uma pessoa pode ser chamada “Senhor” (hebraico Yahweh) e Deus (hebraico ´Êlõhîm) plural mais de um.

E em Isaias 48.16, aquele que fala (aparentemente o servo do Senhor) diz: Agora o Senhor Deus me enviou a mim e o seu Espírito. Aqui o Espírito do Senhor, como o servo do Senhor, foi enviado pelo Senhor Deus para uma missão particular. O paralelismo entre os dois objetos de enviar (“mim” e o “seu Espírito”) é compatível com a interpretação de que são pessoas distintas; parece significar mais do que meramente: o Senhor enviou a mim e o seu poder. De fato, do ponto de vista do Novo Testamento (que reconhece Jesus, o Messias, como o verdadeiro Servo do Senhor predito nas profecias de Isaias). - Isaias 48.16 carrega implicações trinitárias: Agora, o Senhor Deus me enviou a mim e o seu Espírito, se isto esta sendo dito por Jesus, O Filho de Deus, menciona as três pessoas da Trindade. E Assim também existem outras diversas passagens que falam das três pessoas da trindade.

II. A revelação mais completa da Trindade no Novo Testamento

Quando começa o Novo Testamento, entramos na história da vinda do filho de Deus à terra. Era de esperar que este grande acontecimento se fizesse acompanhar de ensinamentos mais explícitos sobre a natureza TRINITÁRIA de Deus, e de fato é isso que encontramos. Antes de analisar a questão com pormenores, podemos simplesmente listar várias passagens em que as três pessoas da Trindade são mencionadas juntas.

Quando do batismo de Jesus, eis que se abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pombas, vindo sobre ele. E eis que uma voz dos céus, que dizia: este é o meu Filho amado, em quem me comprazo (Mt 3.16-17). Aqui, ao mesmo tempo, temos os três membros da Trindade realizando três ações distintas. Deus o Pai fala de lá do céu, Deus o Filho é batizado e depois ouve a voz de Deus o Pai vinda do céu, e o Espírito Santo que também é Deus desce do céu para pousar sobre Jesus em forma de pomba, para dar-lhe o poder para o seu ministério.

Ao final do seu ministério terreno, Jesus diz aos discípulos que eles devem ir e fazer “discípulos de todas nações, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”, baseado na família, a mais comum das instituições humanas, indicam com muita força a distinção das pessoas do Pai e do Filho, e se o Espirito Santo é inserido na mesma frase e no mesmo nível das outras duas pessoas, difícil é evitar a conclusão de que o Espírito Santo é também tido como pessoa e de posição igual ao do Pai e do Filho.

Quando nos damos conta de que os autores do Novo Testamento geralmente usam o nome Deus (Gr. Theos) para se referir a Deus Pai e o nome Senhor (Gr Kyrios) para se referir a Deus filho, fica claro que há outro termo trinitário em I Corintios 12.4-6 “ ora os dons são diversos, mas o Espírito (gr. Pneuma) é o mesmo. E também há diversidades nos serviços, mas o Senhor (Gr. Kyrios) é o mesmo. E há diversidade nas realizações, mas o mesmo Deus (Gr. Theos) é quem opera tudo em todos.

Igualmente o último versículo de 2 corintios é trinitário na sua expressão: “ A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós (2 Co 13.13) . Verificamos também as três pessoas mencionadas separadamente em efésios 4.4-6 “ há somente um corpo e um Espírito (pneuma), como também fostes chamados numa só esperança da vossa vocação, há um só Senhor (Kyrios) uma só fé, um só batismo, um só Deus (theos) e Pai de todos, o qual é sobre todos, age por meio de todos e está em todos.

Em certo sentido a doutrina da trindade é um mistério que jamais seremos capazes de entender plenamente. Podemos todavia, compreender parte da sua verdade resumindo o ensinamento das escrituras em três declarações:

1 – Deus é três pessoas

2 – Cada pessoa é plenamente Deus – por que não tem como separa-las

3 – há um só Deus.

PERÍODO INTERBIBLICO


I. DESENVOLVIMENTO POLÍTICO

A Expressão “400 anos de silêncio”, freqüentemente empregada para descrever o período entre os últimos eventos do A.T. e o começo dos acontecimentos do N.T. não é correta nem apropriada. Embora nenhum profeta inspirado se tivesse erguido em Israel durante aquele período, e o A.T. já estivesse completo aos olhos dos judeus, certos acontecimentos ocorreram que deram ao judaísmo posterior sua ideologia própria e, providencialmente, prepararam o caminho para a vinda de Cristo e a proclamação do Seu evangelho.

Supremacia Persa

Por cerca de um século depois da época de Neemias, o império Persa exerceu controle sobre a Judéia. O período foi relativamente tranqüilo, pois os persas permitiam aos judeus o livre exercício de suas instituições religiosas. A Judéia era dirigida pelo sumo sacerdotes, que prestavam contas ao governo persa, fato que, ao mesmo tempo, permitiu aos judeus uma boa medida de autonomia e rebaixou o sacerdócio a uma função política. Inveja, intriga e até mesmo assassinato tiveram seu papel nas disputas pela honra de ocupar o sumo sacerdócio. Joanã, filho de Joiada (Ne 12.22), é conhecido por ter assassinado o próprio irmão, Josué, no recinto do templo.
A Pérsia e o Egito envolveram-se em constantes conflitos durante este período, e a Judéia, situada entre os dois impérios, não podia escapar ao envolvimento. Durante o reino de Artaxerxes III muitos judeus engajaram-se numa rebelião contra a Pérsia. Foram deportados para Babilônia e para as margens do mar Cáspio.

O IMPÉRIO GREGO

Alexandre, o Grande - Em seguida à derrota dos exércitos persas na Ásia Menor (333 a.C.), Alexandre marchou para a Síria e Palestina. Depois de ferrenha resistência, Tiro foi conquistada e Alexandre deslocou-se pra o sul, em direção ao Egito. Diz a lenda que quando Alexandre se aproximava de Jerusalém o sumo sacerdote Jadua foi ao seu encontro e lhe mostrou as profecias de Daniel, segundo as quais o exército grego seria vitorioso (Dn 8). Essa narrativa não é levada a sério pelos historiadores, mas é fato que Alexandre tratou singularmente bem aos judeus. Ele lhes permitiu observarem suas leis, isentou-os de impostos durante os anos sabáticos e, quando construiu Alexandria no Egito (331 AC), estimulou os judeus a se estabelecerem ali e deu-lhes privilégios comparáveis aos seus súditos gregos.

Domínio da palestina no período interbíblico

1. Período Grego, 333-323 a.C. (governo de apenas 10 anos).

2. Período Ptolemaico (Egípcio), 323-200 a.C

3. Período Selêucida (Sírio), 200-163 a.C

4. Período dos Macabeus (Judaico) 163-63 a.C

5. Período Romano, de 63 até os tempos de Jesus.

A divisão do império Grego

Dez anos depois de tantas vitórias, sucumbiu por uma doença até agora desconhecida. E seu império tornou-se um lugar de grande disputas para sua sucessão. Um filho muito criança e um irmão idiota não tinha condições de substitui-lo. Então, seu quatro generais começaram uma disputa entre si. O bom senco prevaleceu e o reino foi divido para os quatro:

• Ptolomeu – Egito

• Seleuco – Síria

• Cassandro – Macedônia

• Lisímaco - Trácia

A Judéia sob os Ptolomeus

Depois da morte de Alexandre (323 a.C.), a Judéia, ficou sujeita, por algum tempo a Antígono, um dos generais de Alexandre que controlava parte da Ásia Menor. Subseqüentemente, caiu sob o controle de outro general, Ptolomeu I (que havia então dominado o Egito), cognominado Soter, o Libertador, o qual capturou Jerusalém num dia de sábado em 320 a.C. Ptolomeu foi bondoso para com os judeus. Muitos deles se radicaram em Alexandria, que continuou a ser um importante centro da cultura e pensamento judaicos por vários séculos. No governo de Ptolomeu II (Filadelfo) os judeus de Alexandria começaram a traduzir a sua Lei, i.e., o Pentateuco, para o grego. Esta tradução seria posteriormente conhecida como a Septuaginta, a partir da lenda de que seus setenta (mais exatamente 72 - seis de cada tribo) tradutores foram sobrenaturalmente inspirados para produzir uma tradução infalível. Nos subseqüentes todo o Antigo Testamento foi incluído na Septuaginta.

A Judéia sob os Selêucidas

Depois de aproximadamente um século de vida dos judeus sob o domínio dos Ptolomeus, Antíoco III (o Grande) conquistou a Síria e a Palestina aos Ptolomeus do Egito (198 a.C.). Os governantes sírios eram chamados selêucidas porque seu reino, construído sobre os escombros do império de Alexandre, fora fundado por Seleuco I (Nicator).

Durante os primeiros anos de domínio sírio, os selêucidas permitiram que o sumo sacerdote continuasse a governar os judeus de acordo com suas leis. Todavia, surgiram conflitos entre o partido helenista e os judeus ortodoxo. Antíoco IV (Epifânio) aliou-se ao partido helenista e indicou para o sacerdócio um homem que mudara seu nome de Josué para Jasom e que estimulava o culto a Hércules de Tiro. Jasom, todavia, foi substituído depois de dois anos por uma rebelde chamado Menaém (cujo nome grego era Menelau). Quando partidários de Jasom entraram em luta com os de Menelau, Antíoco marchou contra Jerusalém, saqueou o templo e matou muitos judeus (170 a.C.). As liberdades civis e religiosas foram suspensas, os sacrifícios diários forma proibidos e um altar a Júpiter foi erigido sobre o altar do holocausto. Cópias das Escrituras foram queimadas e os judeus foram forçadas a comer carne de porco. Uma porca foi oferecida sobre ao altar do holocausto para ofender ainda mais a consciência religiosa dos judeus.

Dois anos após fatidicos infortunios contra os judeus, Antioco Epifanes retoma suas perseguições, enviando Apolonio à Judéia. Este vai acompanhado com uma tropa de 22.000 homens, com ordem expressas de exterminar os judeus. Apolônio entra em Jerusalém numa terça-feira e aguarda até o sábado. Naquele dia aconteceu um terrível chacina. O templo de Jerusalém foi dedicado a Zeus, seus pátios foram profanados, com orgias e ofertas abomináveis, restaurando o culto a Baal e outros ídolos. Os exemplares dos rolos da lei foram distribuíds entre os hereges para serem profanados com pinturas eróticas. A partir de então qualquer pessoa que rejeitasse as ordem dos gregos ou insistisse em qualquer prática judaíca, era castigado com pena de morte. A dupla Antíoco e Apolônio aterrorisaram os judeus.

Os Macabeus

Não demorou muito para que os judeus oprimidos encontrassem um líder para sua causa. Quando os emissários de Antíoco chegaram à vila de Modina, cerca de 24 quilômetros a oeste de Jerusalém, esperavam que o velho sacerdote, Matatias, desse bom exemplo perante o seu povo, oferecendo um sacrifício pagão. Ele, porém, além de recusar-se a fazê-lo, matou um judeu apóstata junto ao altar e o oficial sírio que presidia a cerimonia. Matatias fugiu para a região montanhosa da Judéia e, com a ajuda de seus filhos, empreendeu uma luta de guerrilhas contra os sírios. Embora o velho sacerdote não tenha vivido para ver seu povo liberto do jugo sírio, deixou a seus filhos o término da tarefa. Judas, cognominado “o Macabeu”, assumiu a liderança depois da morte do pai. Por volta de 164 a.C. Judas havia reconquistado Jerusalém, purificado o templo e reinstituído os sacrifícios diários. Pouco depois das vitórias de Judas, Antíoco morreu na Pérsia. Entretanto, as lutas entre os Macabeus e os reis selêucidas continuaram por quase vinte anos. Nesta luta os judeus foram liderados por: Matatias, Judas Macabeu, Jonas (houve trégua com os sírios, foi apoiado por Alexandre Bala Selêucida), Simão (quando foi conquistada a independencia total) e João Hircano. No periodo de Simão Macabeu, acontece o declinio dos sírios. E é no período João Hircano que fica mais definido os partidos religiosos na palestina: Farizeus e saduceus.

O Reino de Judá restabelecido?

Aristóbulo I - foi o primeiro dos governantes Macabeus a assumir o título de “Rei dos Judeus”. Era um judeu helenizado e crueu, matou a mãe de fome na prisão, e por ciúme matou um de seus irmãos.

Alexandre - Depois de um breve reinado, foi substituído pelo irmão, o tirânico Alexandre Janeu (Traciano) tinha esse apelido por ser vagabundo e desgovernado. Ele é expulso de seu próprio reino por seus súditos, que é devolvido posteriormente. Era inimigo dos fariseus. Após sua morte, foi substituido por sua esposa Alexandra.

Alexandra - O reinado de Alexandra foi relativamente pacífico. Ela inverteu o reinado de seu esposo. Colocou os fariseus no poder, estes vingaram os saduceus.

Aristóbulo II e Hircano - Alexandra estava viva ainda quando começaram as disputas para sua sucessão. Os Saduceus unido ao partido militar apoiavam a Aristóbolo, filho mais novo de Alexandra; e os fariseus apoiavam a Hircano filho mais velho. Com a morte de Alexandra, um filho mais novo, Aristóbulo II, desapossou seu irmão mais velho que ficou como sumo-sacerdote. A essa altura, Antípater, governador da Iduméia, assumiu o partido de Hircano, e surgiu a ameaça de guerra civil.

II - O IMPÉRIO ROMANO CHEGA A PALESTINA

Nesta situação os romanos são incentivados por Antípater (pai de Herodes) a intervir no conflito. Roma entrou em cena e Pompeu marchou sobre a Judéia com as suas legiões, buscando um acerto entre as partes e o melhor interesse de Roma. Aristóbulo II tentou defender Jerusalém do ataque de Pompeu, mas os romanos tomaram a cidade e penetraram até o Santo dos Santos. Pompeu, todavia, não tocou nos tesouros do templo.

Marco Antônio apoiou a causa de Hircano. Depois do assassinato de Júlio Cesar e da morte de Antípater (pai de Herodes), que por vinte anos fora o verdadeiro governante da Judéia, Antígono, o segundo filho de Aristóbulo, tentou apossar-se do trono. Por algum tempo chegou a reina em Jerusalém, mas Herodes, filho de Antípater, regressou de Roma e tornou-se rei dos judeus com apoio de Roma. Seu casamento com Mariamne, neta de Hircano, ofereceu um elo com os governantes Macabeus.

Herodes foi um dos mais cruéis governantes de todos os tempos. Assassinou o venerável Hircano (31 AC) e mandou matar sua própria esposa Mariamne e seus dois filhos. No seu leito de morte, ordenou a execução de Antípater, seu filho com outra esposa. Nas Escrituras, Herodes é conhecido como o rei que ordenou a morte dos meninos em Belém por temer o Rival que nascera para ser Rei dos Judeus. Herodes era doente no fisico e na alma. Dedicou a Reconstrução do Templo, obra que iniciou 17 a.C. Durante o minitério de Jesus se trabalhava nele, e só foi terminado em 65 d.C, e destruído em 70 d.C pelo general Tito.


III. GRUPOS RELIGIOSOS DOS JUDEUS

Quando, seguindo-se à conquista de Alexandre, o helenismo mudou a mentalidade do Oriente Médio, alguns judeus se apegaram ainda mais tenazmente do que antes à fé de seus pais, ao passo que outros se dispuseram a adaptar seu pensamento às novas idéias que emanavam da Grécia. Por fim, o choque entre o helenismo e o judaísmo deu origem a diversas seitas judaicas.

Os Fariseus

Os fariseus eram os descendentes espirituais dos judeus piedosos que haviam lutado contra os helenistas no tempo dos Macabeus. O nome fariseu, “separatista”, foi provavelmente dado a eles por seu inimigos, para indicar que eram não-conformistas. Pode, todavia, ter sido usado com escárnio porque sua severidade os separava de seus compatriotas judeus, tanto quanto de seus vizinhos pagãos. A lealdade à verdade às vezes produz orgulho e ate mesmo hipocrisia, e foram essas perversões do antigo ideal farisaico que Jesus denunciou. Paulo se considerava um membro deste grupo ortodoxo do judaísmo de sua época. (Fp 3.5).

Saduceus

O partido dos saduceus, provavelmente denominado assim por causa de Zadoque, o sumo sacerdote escolhido por Salomão (1Rs 2.35), negava autoridade à tradição e olhava com suspeita para qualquer revelação posterior à Lei de Moisés. Eles negavam a doutrina da ressurreição, e não criam na existência de anjos ou espíritos (At 23.3). Eram, em sua maioria, gente de posses e posição, e cooperavam de bom grado com os helenistas da época. Ao tempo do N.T. controlavam o sacerdócio e o ritual do templo. A sinagoga, por outro lado, era a cidadela dos fariseus.

Essênios

O essenismo foi uma reação ascética ao externalismo dos fariseus e ao mudanismo dos saduceus. Os essênios se retiravam da sociedade e viviam em ascetismo e celibato. Davam atenção à leitura e estudo das Escrituras, à oração e às lavagens cerimoniais. Suas posses eram comuns e eram conhecidos por sua laboriosidade e piedade. Tanto a guerra quanto a escravidão era contrárias a seus princípios.

O mosteiro em Qumran, próximo às cavernas em que os Manuscrito do Mar Morto foram encontrados, é considerado por muitos estudiosos como um centro essênio de estudo no deserto da Judéia. Os rolos indicam que os membros da comunidade haviam abandonado as influências corruptas das cidades judaicas para prepararem, no deserto, “o caminho do Senhor”. Tinham fé no Messias que viria e consideravam-se o verdadeiro Israel para quem Ele viria.

Escribas

Os escribas não eram, estritamente falando, uma seita, mas sim, membros de uma profissão. Eram, em primeiro lugar, copista da Lei. Vieram a ser considerados autoridades quanto às Escrituras, e por isso exerciam uma função de ensino. Sua linha de pensamento era semelhante à dos fariseus, com os quais aparecem freqüentemente associados no N.T.

Herodianos

Os herodianos criam que os melhores interesses do judaísmo estavam na cooperação com os romanos. Seu nome foi tirado de Herodes, o Grande, que procurou romanizar a Palestina em sua época. Os herodianos eram mais um partido político que uma seita religiosa.

A opressão política romana, simbolizada por Herodes, e as reações religiosas expressas nas reações sectárias dentro do judaísmo pré-cristão forneceram o referencial histórico no qual Jesus veio ao mundo. Frustrações e conflitos prepararam Israel para o advento do Messias de Deus, que veio na “plenitude do tempo” (Gl 4.4)

CONCLUSÃO – Aos estudantes da História Sagrada se oferece, nesta conjuntura, um problema digno de menção. A difusão da cultura grega, especialmente da sua língua e suas artes, foram a caldo de cultura de um mundo que se preparava para receber o maior personagem de todos os séculos, Jesus Cristo. A difusão do grego, por todo o mundo de então, tornou-se os diversos povos em um só povo, uma só língua e uma só cultura. O mundo estava sendo preprado para receber a Jesus.

MOVIMENTO PENTECOSTAL NOS E.U.A.

O MOVIMENTO PENTECOSTAL NOS E.U.A.


A principio o movimento pentecostal começou apenas como mensagem. A origem não se pode atribuir a determinada pessoa, pois existem evidencias do derramamento simultâneo do Espírito Santo em vários lugares:

Um ministro evangélico chamado Daniel awrey recebeu o batismo no Espírito Santo em sua plenitude, em janeiro de 1890, na cidade de Delaware, no estado de Ohio esua esposa falou em linguas em 1899 em Beniah,Tennessee.

Em 1897 houve uma convenção pentecostal , Nova Inglaterra. Na mesma época manifestou-se um avivamento na Carolina do Norte.

1900 segundo clara Smith ( missionária que logo depois foi enviada para o Egito ) havia cerca de 50 pessoas batizada no Espírito Santo no estado do Tennessee. No mesmo ano manifestou-se um avivamento entre um grupo de crentes de nacionalidades sueca na cidade de Moorhead, Minnessota cujos resultados são notáveis ainda na atualidade ( lewi Pethrus participou desse avivamento ).

1901 Topeca, Kansas, houve um derramamento do Espírito Santo sobre um grupo de crentes liderados por Charles Fox Pharam ( de onde segundo Jesse Lyman Hurlbut autor de “Historia da igreja cristã” as Assembléias de Deus deve sua existência ) dali se espalharam pelo Kansas, Oklahoma e Texas.

No Texas em Houston acontece um avivamento do qual W.J. Seymour recebeu a mensagem e mesmo sem receber o batismo começou a pregar em Los Angeles Califórnia, foi ali na rua Azusa em abril de 1906 que aconteceu o mais expressivo avivamento. Esse grupo iniciou uma distribuição gratuita de uma revista “Apostolic Faith”, espalhou-se a noticia e chegaram as noticias de Ashdond, próximo a Duxbury, Massachussetts, das cidades do leste e centro dos E.U.A ,Canadá, América do sul, Índia, Noruega e das Ilhas Britânicas.

A noticia se espalhou tão rápido que recebeu o nome de “Movimento Pentecostal” e por se tratar de um movimento logo houve divergências doutrinarias.

Foi então solicitado pelo Ver. E.N. Bell diretor da revista “Word and Witness” ( Palavra e Testemunho ) que se publicava na cidade de Malvern, Arkansas, um concilio a fim de estabelecer normas acerca dos ensinos e praticas do movimento. O concílio deu-se nos dias 2 a12 de abril de 1914 em Hot Springs, Arkansas. Participaram do primeiro concílio cerca de trezentos ministros e delegados, procedentes de igrejas pentecostais independentes de todo pais. Nesse concílio somente estabeleceram bases bíblicas para comunhão, trabalho e atividades, estreitando os vínculos da unidade cristã.

No mês de novembro do mesmo ano realizou-se o segundo concílio na cidade de Chicago. Nesse concílio não se aprovaram sistemas doutrinários nem dogmas de fé, mas resolveu-se que o mais conveniente seria concordar com o principio de que as Escrituras em si mesmas constituem regra suficiente para a fé e a pratica, deixando a cada ministro a liberdade de interpreta-las individualmente.

INTRODUÇÃO A EPÍSTOLA DE JOÃO

Introdução.


Conforme se diz, o Evangelho de Lucas é a mais bela obra literária da Bíblia. Neste caso, o quarto Evangelho é a mais sublime. Não é sobrepujado devido as suas duas qualidades: a devocional e a teológica.

Nenhum outro livro levou tantas pessoas a Cristo e inspirou tanta a segui-lo. Ao mesmo tempo, anos de intenso estudo teológico critico levam a se reconhecer que há ainda profundezas não explorada de pensamentos que sempre chamarão o estudioso à continua admiração diante do profundo conteúdo desse Evangelho.

Aqui a teologia foi colocada em termos tais, que até uma criança pode compreender a visão da grandeza do amor de Deus, como mostrado em Jesus. Ao mesmo tempo, esses termos simples são usados para expressar um dos quadros mais empolgantes da realidade última encontrada em toda esta literatura.


O Evangelho segundo João

Autoria.

Os estudiosos modernos estão longe de concordarem acerca da identidade do autor do quarto Evangelho. Na realidade, em sua incapacidade de aceitar qualquer identidade do autor, eles advogariam que a autoria deste Evangelho importa mito pouco. Diz-se que a coisa de maior importância não é tanto quem escreveu, mas o que foi escrito.Embora haja algo nisto, o assunto da autoria não é sem importância.

Se se pode estabelecer, com certo grau de certeza, que uma testemunha apostólica ocular estar por traz deste Evangelho, ele assume certo valor. Se, contudo, ele foi escrito por alguém no segundo século que jamais viu as coisas lá relatadas nem viu o Senhor Jesus em carne, então a coisa muda de figura. Se tivermos de dar credito às coisas que estão escritas, queremos sentir-nos seguros de que o autor é fiel quando afirma “e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai” (Jo 1.14).

Alguns diriam que João, um dos doze, estar por traz da tradição, mas não foi o autor. Outros diriam que certo João, o ancião, que viveu em Éfeso no final do primeiro século, escreveu esse livro. Outros nomes foram sugeridos, entre eles estão João Marcos, Lazaro e até mesmo um João desconhecido. Os estudiosos conservadores, da Europa e das Américas, mantêm que há evidência suficiente para dizer-se, com alguma certeza, que João, o filho de Zebedeu, foi o autor. Alguns concederiam que João tenha usado um amanuense para a composição real, mas que João está por trás da obra.

Evidências externas.

Para a igreja primitiva, todavia, há praticamente uma linha ininterrupta de testemunho de que João, o filho de Zebedeu, é o autor. Um testemunho de peso é o de Irineu devido uma pessoa somente o ligava a João, o qual era Policarpo. O testemunho de Irineu é ainda mais fortalecido quando se reconhecem que todos subseqüentes a ele supõe, sem duvida, que João, o filho de Zebedeu, é o autor ( Tertuliano, Clemente de Alexandria, Orígenes etc ). Alguns evangelhos apócrifos, tais como o Evangelho de Felipe, o Apócrifo de João e o Evangelho de Tomé, todos pressupõem o quarto Evangelho como tendo autoridade e sendo bem conhecido, e dizem que João, o filho de Zebedeu, é o autor.


Evidência interna.

Westcott encontra evidência interna para substanciar varias declarações. Ele declara que o autor do quarto Evangelho foi um judeu. Esta conclusão é baseada em sua familiaridade com os costumes judaicos. A forma do quarto Evangelho, no tocante ao vocabulário, estrutura das orações, simetria e simbolismo numérico da composição, e a expressão e disposição dos pensamentos, é essencialmente hebraica. Também é mantido que o A.T. é a fonte da vida religiosa do autor.

Ele esta inteiramente familiarizado com a topografia de Jerusalém e com a adoração no templo. Isto teria sido impossível para qualquer pessoa depois da destruição de Jerusalém.

A conclusão natural, em sua serie de pensamentos, é que o autor deste Evangelho foi o Apostolo João. Nas narrativas dos sinópticos havia três discípulos que estavam, num sentido especial, próximo de Jesus. Eram Pedro e os filhos de Zebedeu, Tiago e João. Há uma indicação de que um destes três foi o evangelista. Pedro não precisa ser considerado, devido à falta de qualquer indicação ou associação de seu nome com esse Evangelho. Tiago foi martirizado cedo, e não há nenhuma ligação de seu nome com este Evangelho na tradição da igreja. Também o apêndice do capitulo 21 pareceria eliminar ambos, Pedro e Tiago. Só resta portanto João; ele satisfaz completamente as condições necessárias de serem satisfeitas pelo escritor, de que ele devia está em estreita ligação com Pedro, e que também era uma pessoa admitida na intimidade peculiar com o Senhor”.


Data.

Houve tanta controvérsia sobre a datação do quarto Evangelho quanto houve sobre a autoria. Foram sugeridas datas, que variam desde o começo da vida da igreja militante até o final do primeiro século.

Hoje é opinião quase comum que João foi escrito na última década do primeiro. Mas nem todos os estudiosos concordam com essa datação tardia do quarto Evangelho.

John A.T. Robinson (uma nova datação para o N.T.) argumenta mui forçosa e convincentemente, em favor de uma data anterior a 70 d.C. devido a ausência de uma referencia explicita ao acontecimento mais importante do primeiro século depois da ressurreição de Cristo. Esse acontecimento foi a destruição de Jerusalém e do templo pelos romanos, sob Tito, em 70 d.C. A mim me aparece que a conclusão mais provável é que João escreveu antes da época da destruição de Jerusalém e a referência contida em João 21:24 foi acrescentada na época de sua apresentação pública em Éfeso. Esta me parece ser a conclusão mais lógica, após examinar a evidência embaraçosa e contraditória dos escritores cristãos primitivos.

Local.

O irresistível testemunho da igreja primitiva é que o quarto Evangelho foi escrito em Éfeso, Ásia, Irineu afirmou que o discípulo que se recostara sobre o peito de Jesus publicou um Evangelho durante sua residência em Éfeso, e uma vez que Irineu foi um discípulo de Policarpo (que era um seguidor de João, o filho de Zebedeu), este é o local mais provável da composição do quarto Evangelho.

Fontes.

Em virtude de ter sido demonstrado que os Evangelhos Sinópticos tiveram acesso, seja a fontes orais ou escritas, em sua composição, foi suposto que isso também é verdadeiro relativamente ao quarto Evangelho.

Por ter sido o ultimo dos evangelistas, ele deve ter conhecido os sinópticos, essa era a opinião mais aceita até então. Mas já há um movimento de distanciamento da dependência, da parte de João, dos Sinópticos.

O livro que merece mais atenção nesse movimento apareceu em 1940, escrito por H. E. Dana ( A tradição de Éfeso). Ao comparar os quatros Evangelhos, Dana constatou que parece ter havido duas tradições orais paralelas, que se originaram na Palestina. Uma veio da Galiléia e a outra da Judéia. Dana procurou mostrar que Marcos e Mateus preservaram a tradição galiléia, Lucas tem uma mistura de ambas tradições, da galiléia e da Judéia, e João é basicamente da Judéia.

A critica literária chegou a conclusão que, enquanto se torna duvidosa a identificação clara das fontes, produz-se alguma evidência de que o autor realmente usou fontes e que ele mesmo as escreveu. O evangelista extraiu de fontes orais independentes e originais que não estão, na maior parte, ligado ás fontes dos Sinópticos. Há grande evidencia em favor do ambiente palestino para esta tradição, e, mais uma vez, podemos voltar à crença de que João, o filho de Zebedeu, um dos Doze, está por trás do Evangelho escrito.

Unidade.

Quarto Evangelho dá a impressão geral de uma única unidade, um todo. Contudo, a própria possibilidade de fontes levou alguns críticos a fazerem teorias acerca das seções de narrativa que se encontra deslocadas. É sugerido que ou o redator errou ao conferir seu material ou talvez algumas das folhas dos manuscritos foram “deslocadas” entre o tempo da escrita e a publicação de nossa copia mais antiga deste Evangelho. A isso são acrescentadas teorias acerca de material disparatado no corpo do Evangelho. Os estudiosos modernos não mais consideram seriamente a idéia acerca de folhas erroneamente localizadas, por causa da própria natureza dos materiais de escrita do primeiro século. Com esta teoria, não mais em voga, as outras ficam de pé quanto à validade da teoria.

O Evangelho inteiro, como ele está agora, tem um sentido de continuidade que pode bem mostrar a intenção original do autor. As transposições de versos selecionados terminam em exercícios de futilidade.

Quanto ao método literário, não há nenhuma tentativa de elegância de expressão; mas, por toda simplicidade de apresentação, seu grego jamais é impreciso. Esta simplicidade conjugada, entretanto, à precisão, levou à conclusão de que o grego não era a língua nativa do autor.

A habilidade literária de João pode ser vista na maneira em que ele moldou suas fontes em uma estrutura unificada, girando em torno do tema central, “para que continueis a crer que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus” (20:31).

A primeira divisão de João também foi denominada o “livro dos sinais”. Sente –se que, de algum modo, a estrutura de João é construída em torno de milagres realizados por Jesus. Neste Evangelho, a palavra para milagre tem a significação de algo que acontece no mundo físicos dos sentidos, contudo, tendo uma significação espiritual, um evento na história usada para ensinar uma verdade espiritual. Os milagres são os sinais visíveis, que apontam para a verdade invisível acerca daquele que é a verdade. Os sinais de Jesus quando recebidos pela fé, revelam a gloria de Deus, porque eles são as obras de Deus.

Fundo histórico.

A literatura cristã não foi composta em um vácuo histórico. É importante conhecer o fundo histórico ou o ambiente no qual o autor viveu e trabalhou, a fim de estudar o significado de sua obra.

O judaísmo: que o autor escreveu a partir de uma herança judaica não mais está em debate. Dentro do próprio judaísmo havia várias divisões. Os estudiosos falam de judaísmo rabínico, sectário e helenístico. O judaísmo rabínico centralizava-se em torno da sinagoga. Os fariseus nutriam o estudo escrito do A.T. e a tradição oral que o cercava. Com a destruição de Jerusalém e do templo em 70 d.C. os rabis se tornaram lideres incontestáveis do judaísmo. Mais durante a época de Jesus e da formação da tradição do Evangelho, esses ensinos rabínicos ainda não haviam sido reduzidos à escrita, e nosso material escrito para comparação dos conceitos rabínicos e joaninos não são da mesma era.

É sugerido que João foi também produto do judaísmo sectário, que existiu antes do triunfo final do rabinismo. João mostra que ele sabia das esperanças apocalíptica dos judeus antes de estas esperanças terem sido destruídas na guerra judaica-romana.

Desde a descoberta dos Rolos do Mar Morto, em Qumran, nosso conhecimento acerca do judaísmo sectário foi grandemente ampliado. Ela revela alguns paralelos com o pensamento joanino. Antes da descoberta, era geralmente aceite que muita parte de João era um reflexo do cristianismo tardio.

O judaísmo helenístico é o resultado da interação do judaísmo com as influencias do helenismo. Filo de Alexandria, um contemporâneo de Jesus, era nascido judeu e fora criado numa cidade sob influencias helênicas tremendamente fortes, ele estava tão imbuído na filosofia grega, que naturalmente interpretou o judaísmo em termos helênicos. Filo representa aqueles judeus da era pré-cristã que estavam tentando encontrar pontos de contato entre a religião deles e a dos que os cercavam. Seus escritos tornam claros que muita coisa do que se conhece hoje acerca da filosofia grega, fora levada para dentro da comunidade judaica da diáspora. Por causa desse fato, os estudiosos modernos estão achando difícil sustentar a teoria de que João dependeu de Filo.

O gnosticismo-há pouca duvida de que o gnosticismo de alguma maneira tenha tido uma influência sobre o quarto Evangelho, mas é difícil de se determinar até que ponto. Outros dizem que a influencia é apenas indireta. Provavelmente, a maior controvérsia entre os escritores modernos seja definir os estágios de desenvolvimento do gnosticismo, os problemas da origem e graus de desenvolvimento durante o primeiro século.

No seu Evangelho, João mostra que Jesus exibiu muito dos traços humanos básicos: fome, sede, cansaço, emoção e um corpo que poderia sangrar quando ferido. Os manuscritos mais recentes estão mostrando, todavia, que o gnosticismo de João é aquele que nasceu no primeiro século e não vai além daqueles termos simples encontrados nos Rolos do Mar Morto.

Propósito.

O propósito declarado encontra-se em Jo 20.31. Mesmo com uma declaração direta como essa, foram escritos volumes acerca do propósito especifico do autor. Um dos problemas que intrigam e complicam na interpretação é a variação textual coma palavra “creiais”. Três das mais antigas testemunhas de manuscrito grego (sinaiticos, P 66 e vaticanus) e um importante manuscrito posterior (koridethi) tem o presente do subjuntivo (possais continuar ou continuem crendo), enquanto muitos dos manuscritos tem o subjuntivo aoristo ( possais começar a crer). O tempo aoristo sugere que o quarto Evangelho foi evangelistico quanto ao seu propósito e dirigido a não-cristãos. O tempo presente sugere que o propósito foi fortalecer a fé daqueles que já criam.

Se a ênfase parece estar dirigida à comunidade judaica, isso está em consonância com os métodos da proclamação primitiva cristã do Evangelho aos judeus primeiramente. Se existem elementos helênicos presentes no Evangelho, então está demonstrado que o autor escreveu aos judeus da diáspora.

Ponderação.

Autoria de João é muito discutida, mas para mim, eu não encontro dificuldades para crer que João filho de Zebedeu é o autor. Devido a afirmação de Jo 1.14 “ vimos a sua gloria como a glória do unigênito do Pai” já podemos eliminar candidatos como João o Ancião de Èfeso e outro João desconhecido ( figuras que mais rivalizam com o filho de Zebedeu ) por esses não terem visto O Mestre. Outra afirmação do livro “ o discípulo a quem Jesus amava” eliminam os demais candidatos ( João Marcos, Lazáro etc ).

ESTUDO INDUTIVO DO LIVRO DE MARCOS

 MARCOS 11.12-14



Introdução.

Neste breve estudo faremos uma pesquisa em todo contexto que está por detrás da pericope de Marcos 11.12-14 a fim de aplicarmos os princípios espirituais em nossas vidas para não incorrermos nos mesmos erros dos personagens em questão.

O estudo dessa pericope tornasse surpreendente quando nos aprofundamos, pois em uma leitura corrida com pouca reflexão não podemos extrair muita coisa, mas no aprofundamento veremos o que esta por detrás do gesto simbólico de Jesus amaldiçoando a figueira.

Espero ter alcançado frutos espirituais em minha vida nas aplicações do texto, também espero ter alcançado todas as informações necessárias para desenvolver o estudo indutivo dessa pericope.


A figueira estéril.

No dia seguinte, quando saíram de Betânia, Jesus teve fome.

Vendo á distancia uma figueira com folhas, foi ver se encontraria nela algum fruto. Aproximando-se dela, nada encontrou, a não ser folhas, por que não era tempo de figos.

Então lhes disse: “ninguém mais coma de seu fruto”. E os seus discípulos ouviram-no dizer isso (Mc 11.12-14).

Observação.

1. Qual é o tipo de literatura?

É um texto narrativo.

2. O que? Qual é o fato ou ação central?

Jesus amaldiçoa a figueira.

3. Quem? Quais foram às pessoas envolvidas na ação?

Jesus e os discípulos.

4. Quando? Em que hora, dia, ano, ou época ocorreu o fato?

O fato ocorreu na segunda-feira da semana da paixão, no dia seguinte a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém.

5. Onde? Em que local ocorreu a ação?

Jesus e seus discípulos partiram de Betânia uma aldeia aos arredores de Jerusalém cuja distancia era de 2773.50 ms (ou 15 estádios) de Jerusalém, situava-se no outro lado do monte das oliveiras, na estrada para Jericó. É geralmente mencionado como terra dos amigos de Jesus, Maria, Marta e Lázaro; onde provavelmente Jesus e seus discípulos pernoitaram nessa ocasião.

6. Por quê? Qual a razão das pessoas estarem ali naquela ocasião? Qual a causa ou motivo do que aconteceu?

Na semana da paixão era comum Jesus e seus discípulos fazerem o trajeto entre Betânia pela manhã e voltarem ao entardecer.

7. Como? Qual o meio ou modo usado?

R: Jesus e seus discípulos estavam a caminho do templo quando avistou uma figueira que já estava cheia de folhas (o que não era normal para a época, pois as figueiras da região de Jerusalém começam a brotar folhas em março-abril e produzem frutos ao terem a folhagem plena, essa figueira era uma exceção pois já tinha folhagem na páscoa), Jesus se aproxima e não encontrando frutos amaldiçoa a figueira num gesto simbólico.

8. Para que? Qual a finalidade ou conseqüência do que está no texto?

Para mostrar que a esterilidade será punida.

Características literárias do texto:

1. Descubra as palavras chaves.

Figueira, fruto e folhas.

1. Analise o tempo e o modo dos verbos.

Tendo saído particípio aoristo ativo genitivo

Teve fome aoristo

Vendo particípio aoristo

Tendo particípio presente

Veio aoristo

Encontraria futuro

Tendo chegado particípio

2. Verifique os termos técnicos.

O figo, no hebraico te’nah, é uma árvore de todo o Antigo Oriente Médio, especialmente da terra de Canaã. A figueira faz parte do grupo de arvores abençoadas por Deus (Dt 8.8). a produção de figo, em Canaã, está atestada nos antigos documentos egípcios. Assim, não era surpresa que os espias, enviados por Moisés, tenham trazido uvas, figos e romãs (Nm 13.23). A importância do figo para a economia do povo bíblico é enorme: ele era usado como alimento e como medicamento para curar infecções da pele (2 Rs 20.7; Is 38.21). Teologicamente falando, o uso do figo e da figueira é muito rico. Eis alguns exemplos: a destruição das figueiras é comparada, por Jeremias, a uma calamidade econômica (Jr 5.17). vários profetas compararam a destruição da figueira á punição divina pela quebra da Aliança (Jr 8.1,3). A conseqüência do desaparecimento dessa arvore seria a invasão de inimigos, de gafanhotos, de desastres naturais ( Is 34.3; Jr 4.9; Jl 1.7,12; Ha 3.17; Ag 2.14). Por outro lado Joel compara a recuperação da economia com a revitalização das figueiras ( Jl 2.22). a Bíblia fala da figueira principalmente na forma de parábola: na reação do movimento anti-rei ( Jz9.7-15) e na tarefa de animar os exilados ( Jr 24.1-10; 29.17), como símbolo de paz e prosperidade (1 Rs 4.25; 2 Rs 18.31; Mq 4.4; Ag 2.19; Zc 3.10), e diante de iminentes desastres nacionais (Jr 5.17; 8.13; Os 2.12; Am 4.9).

3. Verifique os termos teológicos.

Amaldiçoar era um gesto comum entre os povos do Antigo oriente Médio. Entre eles amaldiçoar era punir e banir os seus inimigos com todo tipo de desgraça, atravéz de exorcismos. Por mais que o povo bíblico procurasse copiar essas formas a gressivas de punição, encontramos, no A.T. fortes indicações de que a maldição entre o povo bíblico não era tão violenta. Ao tomar essa pratica e adaptá-la para o crivo da fé javista, os israelitas acrescentaram uma novidade: o queixoso não amaldiçoava, mas pedia a Deus que o fizesse por ele. Os dois termos hebraicos de maior ocorrência empregados para maldizer e maldição são ‘alar e ‘arar. Há pelo menos duas formas de maldição no A.T.: em primeiro lugar, a maldição era forma de recurso jurídico. Esses termos são empregados por meio de formulas “maldito aquele...” (Dt 27.15-26). Essa forma literária, própria da linguagem jurídica, era usada no final de um código de leis com a intenção de desencorajar os indisciplinados e os violoadores da lei a não cometerem tais erros. Nota-se que as violações mencionadas nessas maldições referissem a erros cometidos às ocultas. Eis alguns usos jurídicos da maldição: proteção da propriedade invadida às ocultas e julgamento das violações sexuais ( Dt 27.15-26 ); esforço para provar a culpa oculta de alguém (Nm 5.21-28); forçar a execução de uma ordem (1 Sm 14.24) e ratificação de um tratado ou aliança (Dt 29.18-20; Ez 17.13). assim, no A.T, a maldição não é tão-somente uma arma usada para punir o faltoso e bani-lo da comunidade, mas, também, um esforço para desencoraja-lo a violar as normas da comunidade, especialmente aquelas praticadas as escondidas. A forma bíblica de maldição possui forte caráter pedagógico. O segundo exemplo de maldição encontrasse nos salmos de lamentação, onde ela é usada como instrumento de defesa do fraco, oprimido e indefeso que não tem ajuda de amigos e advogados para defendê-lo. O queixoso, então, pede a Deus que amaldiçoe o seu inimigo agressor (Sl 10.15; 11.5-6; 12.4; 109.6-15). A maldição do Salmo 137.8-9 é exagerada para os padrões da tradição bíblica. No N.T., Jesus proíbe a maldição contra alguém ( Lc 6.28), embora ele tenha usado essa terminologia em outra ocasião (Mt 25.41; Mc 11.14-21).

4. A linguagem do texto é figurativa ou real?

A linguagem é real, mas por se tratar de um gesto simbólico a linguagem também tem um caráter figurativo.

5. Qual a idéia central do texto?

Toda aparência enganosa da liderança (sacerdotes, anciãos etc) será punida.


Interpretação.

1. Contexto imediato.

No contexto imediato vemos a entrada triunfal de Jesus, logo após Jesus se dirige para o templo observa-o (11.11) e se retira para Betânia. Ao voltar para o templo no outro dia de manhã Jesus amaldiçoa uma figueira num gesto simbólico em relação ao templo (Israel).

2. Contexto remoto.

O contexto bíblico nos permite assimilarmos a figueira com Israel devido pois o episodio estar situado entre as duas idas consecutivas de Jesus ao templo (o templo simbolizava o centro político-sócio-economico de Israel); a bíblia freqüentemente compara Israel com a figueira Jr 24 e Jl 2.22 entre outros.

03. Contexto literário.

Partindo dessa premissa interpretaremos essa ação de Jesus como um ensino didático para seus discípulos a respeito de Israel.

Vejamos a semelhança da figueira com Israel no texto de Marcos:

Jesus observou o templo Mc 11.11, Jesus viu uma figueira Mc 11.13.

Jesus procurou frutos em ambos Mc 11.11,13 e não achou.

Jesus juga a esterilidade de ambos Mc 11.14-17.

4. Contexto histórico.

O contexto histórico-econômico-politico de Jerusalém (da aristocracia que girava em torno do templo) se funde em um único contexto. Pois o centro da economia e político de Jerusalém era o templo.

Depois do exílio, pouco a pouco, o poder da aristocracia sacerdotal substituiu o poder real.

Tudo no templo,desfrutava de consideráveis sacralisação.

As receitas: a dracma, os dízimos, as partes sacerdotais tiradas dos sacrifícios, os resultados do comercio de animais, as ofertas regulares de certas famílias.

O símbolo deste comprometimento é a enorme quantidade de ouro que entrou na decoração do templo. A propósito ruína da Cidade Santa, no ano de 70 dC, J. Jeremias escreve: “O ouro era tão abundante, em Jerusalém e, especialmente, no templo que depois da tomada da cidade, uma imensa oferta de ouro inundou toda a Província da Síria”. Resultou disso, no dizer de Josefo, que aí se vendia a libra de ouro pela metade de seu preço antigo.

5. Contexto geográfico.

O templo foi construído no monte Moriá. Aquele era um local sagrado por causa dos acontecimentos importantes que ali ocorreram na historia passada de Israel. O monte Moriá era (é) localizado a leste de Sião, um morro que o próprio Davi havia selecionado para o propósito quando construiu um altar ali depois de determinada praga destrutora ter acabado (1 Cr 21.18; 21.1). o templo exigia uma área de pelo menos 400 cúbitos por 200 cúbitos (1 cúbito= 45cm) o cume do morro precisava ser nivelado para fornecer uma fundação plana. A antiga eira de Araúna era a área em questão (2 Cr 3.1). Presumivelmente aquele foi o local onde ocorreu o sacrifício (pretendido) de Abraão (Gn 22.2). Ver outras passagens que tratam da área onde o templo foi construído 2 Sm 24.24-25; 1Cr 22.1;21.18,26.

O templo se situava no morro leste, ao norte da cidade de Davi, onde é localizado hoje a abobada da rocha. Naquela época o monte do templo era consideravelmente menor. Salomão precisou aumenta-lo um tanto (Josefo, Guerras 5.5 185). Herodes precisou aumenta-lo ainda mais para seu templo.

O templo construído por Herodes a partir do ano 19 aC, reformado completamente no ano 64 dC, estava sobre uma esplanada que reproduzia a acrópole de Atenas, e constituída a pedra angular da sociedade judaica.

6. Contexto religioso.

O judaísmo nos tempo era constituído por facções religiosas, das quais as mais importantes são: os fariseus (que dominavam as sinagogas); os essênios; os zelotas e os saduceus que dominavam o templo, devido a esse fato nos ateremos o esse grupo devido nossa pericope se desenvolver a caminho do templo e no templo.

Quem são os saduceus?

Tomam seu nome a partir de Sadoc, sumo sacerdote do tempo de Salomão. Constituem uma espécie de partido composto pela aristocracia, pelos grupos mais ricos dos sacerdotes e dos civis.

Os saduceus são ricos e poderosos, formam um grupo fortemente organizado, eram classe separada. No tempo de Jesus pertencem a esse grupo as famílias sacerdotais dirigentes e as principais famílias dos comerciantes da cidade e os fazendeiros mais ricos do campo. Uns e outros se apoiavam mutuamente, pois seus interesses coincidam. Os chefes dessa aristocracia sacerdotal e leiga (Anciãos) formavam a maior parte do Sinédrio, cuja influencia na política e na administração da justiça da palestina era decisiva.

Os chefes dos sacerdotes eram em geral saduceus. Os Atos dos apóstolos designam os saduceus como os partidários do sumo sacerdote (At 5.17).

O templo era dominado pelos sumos-sacerdotes e anciãos Mt 21.23;26.3,47;27.1,3,12,20;28.11-12; Lc 22.52; At 4.23; 25.15 etc na época de Jesus o sacerdocio estava extremamente corrompido, o encargo de Sumo sacerdote já não era hereditário,era nomeado pelos procuradores romanos, na época houve segundo J. Jeremias caso de simonia ( compra de cargo) e freqüentes casos de nepotismo ( nomeação de parentes a cargos importantes), era comum um sumo sacerdote nomear seus filhos para os cargos mais importante do templo (chefe da guarda, os três sacerdotes tesoureiros e os sete vigilantes) o sumo sacerdote era o presidente do sinédrio e os onze alistado acima tinham cadeira cativa no sinédrio. O sinédrio era o conselho supremo que regia a vida de todo o judeu, constituído por 71 pessoas mais o sumo sacerdote que o presidia. Era composto em sua maioria por saduceus, os quais pertencia a família abastada de Jerusalém, a outra parte era composta pelos Anciãos uma espécie de aristocracia leiga, porém os mais ricos depois dos sumos sacerdotes. Toda essa riqueza vinha de forma direta ou indireta do templo.

Foi esse tipo de gente que Jesus encontrou no templo enriquecendo ainda mais a custa dos pobres. A partir daí começamos a entender o gesto de Jesus, Marcos faz questão de falar que Jesus derrubou “a mesa dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas”, além de estarem fazendo comercio em local impróprio Mc 11.17 eles exploram os pobres, pois pombos eram para o sacrifício dos pobres e eram vendidos a preços muitos elevados. Os cambistas obtinham grandes lucros na troca de moedas romanas consideradas impuras para ofertar no templo. Diante disto que ele já havia observado um dia antes Ele ensina aos seus discípulos que a esterilidade daquela sociedade seria punida.

A figueira é Israel representada aristocracia sacerdotal que estava “a beira do caminho”. Segundo William Baclay a palavra templo é hieron, que significa “lugar santo”. Incluía toda a área do templo. Havia o pátio dos gentios, o pátio seguinte era o pátio das mulheres, depois o dos israelitas e por ultimo a área pertencente aos sacerdotes, os mais próximos do Caminho. A folhagem (pompa no culto) deles chamou a atenção de Jesus Mc 11.11 e Jesus se aproximou para ver “se acharia algum fruto”. Essa expressão indica que tinha duvida quanto o achar frutos, mas a folhagem que indicavam a presença de frutos, porém sua aparência era enganosa esse foi o principal motivo de Jesus ter amaldiçoado-a, se ela não tivesse folhagem não teria sido amaldiçoada, pois Marcos diz que “não era tempo de figo”.

O descontentamento de Jesus com a figueira foi similar ao dos milhares de israelitas que vinham de longe famintos querendo se alimentar da palavra de Deus mas só encontravam discriminação e exploração.

Jesus amaldiçoa a figueira que não dava frutos a continuar sem dar frutos “ jamais alguém coma fruto de ti” parece-nos um tanto quanto radical essa sentença, mas se entendermos o contexto entenderemos que a arvore além de não dar fruto,só sugava os nutrientes do pobre solo palestino e crescia chamando a atenção de uma forma enganosa, fazendo com que muitos perdessem tempo e o trabalho de ir até ela. Da mesma forma a classe abastada de Jerusalém não dava frutos e buscavam se enriquecerem ainda mais a custa dos pobres que vinham de longas distancias.

Aplicação.

A figueira à beira do caminho.

Mateus em seu relato 21.18-22 diz que a figueira “estava à beira do caminho”, outrora Jesus diz Eu Sou o caminho, dando a entender que na mente judaica o caminho que leva alguém ate Deus era o templo, segundo a tradução da palavra templo (hieron) e a explicação da divisão do pátio do templo de William Baclay acima. Chegamos a conclusão de que os saduceus eram os mais próximos do caminho.

Os que estão à beira do caminho tem maiores condições de dar frutos, os sacerdotes eram os detentores dos oráculos de Deus, manejavam e interpretavam a lei de Deus. Os privilégios que Deus deu a eles não resultaram em frutos.

Hoje as lideranças das igrejas são capacitadas por Deus com os dons e os fruto do Espírito, tendo toda capacidade e a responsabilidade de dar frutos. Porém se não houver frutos haverá juízo.

A figueira sem frutos parece superar as demais.

A figueira sem frutos entre as demais. Assim são aqueles parecem verdadeiros cristãos, mas só tem aparência, são eloqüentes, bajuladores, se autodenominam “espirituais”, “fervorosos” são profundos nas especulações teológicas, mas são também estéreis. E para esse tipo de pessoa o juízo de Deus é certo.

A figueira seca da noite para o dia.

No dia seguinte os discípulos constatam que a figueira havia secado 11.20-26. a figueira se esforçou por muito tempo para superar as demais, por anos ela explorou o pobre solo palestino todos os nutrientes que conseguisse a ponto de desafiar as estações do tempo, pois ela já estava com sua folhagem antes mesmo da estação apropriada. Porém da noite para o dia a figueira secou e jamais houve frutos.

Os saduceus aos quais foram ilustrados na figueira por muito tempo exploraram o pobre povo palestino a ponto de serem tão ricos em um tempo que Israel vivia sobre o jugo dos romanos tributando-lhes pesados impostos, mas nem todas suas riquezas o podem salvar da destruição de 70 d.C.

Hoje a muitos que exploram a fé dos pobres, irmãos que exploram irmãos, numa corrida desenfreada para terem lucro, passando por cima de tudo e de todos para obter ganhos. Não será diferente daqueles a situação desses, todos os esforços empregados para o acumulo de bens resultará em nada e os seus bens e status secaram da noite para o dia.



Bibliografia.

Bíblias: TEB

Bíblia de Jerusalém.

Bíblia de Genebra.

NVI.

Novo Testamento Judaico.

Novo Testamento interlinear.

Livros: Jeremias, Joachim.

Jerusalém no tempo de Jesus.

Joachim Jeremias, São Paulo.

CIP-Brasil . 1900.

Morin,Émile.

Jesus e as estruturas do seu tempo.

Émile Morin, São Paulo.

Ediões Paulinas, 1982.

Dana, H.E.

O mundo do Novo Testaqmento.

H.E. Dana, Rio de Janeiro.

Junta de edições religiosas e publicação, 1977.



Rieniker, Fritz.

Chave lingüística do Novo Testamento grego.

Fritz Dienecher, São Paulo.

Vida Nova 1995.



Moracho, Félix

Como ler os evangelhos.

Félix Moracho, São Paulo.

Paulus, 2002.



Martins Balancin, Euclides.

Como ler o evangelho de Marcos.

Euclides Martins Balancin, São Paulo.

Paulus, 2003.









Pearlmam, Myer.

Marcos, o evangelho do Servo de Jeová.

Myer Pearlmam, Rio de Janeiro.

Casa Publicadora das Assembléias de Deus. 1995.



Mulholhand, M. Dewey.

Marcos, introdução e comentário.

Dewey M. Mulholhand, São Paulo.

Vida Nova, 1999.



Lopes, Hernandes Dias.

Marcos, o evangelhos dos milagres.

Henandes Dias Lopes, São Paulo.

Hagnos, 2006.



Siqueira, Tércio Machado.

Tirando o pó das palavras.

Tércio Machado Siqueira, São Paulo.

Cedro, 2005.



Douglas, J.D.

O Novo Dicionário da Bíblia.

J.D. Douglas, São Paulo.

Vida Nova, 1995.



Champlim, Russel Nornam, PH D

Enciclopédia de Bíblia Teologia e filosofia.

Russel Nornam Champlim, PH D, São Paulo.

Agnos 2002.

OS PAIS DA IGREJA

OS PAIS DA IGREJA DO 1° AO 2º SÉCULOS


Inácio de Antioquia

Gonzalez ( Ca. 35 – 107 D.C).

Champlin (Ca. 98-117. D.c).

De acordo com Eusébio foi o terceiro bispo de Antioquia da Síria. Teria sido martirizado em Roma, durante o reinado de Trajano. Origines considerava-o o segundo bispo daquele lugar.

A caminho de Roma, desde a Síria, passando pela Ásia Menor, Inácio escreveu sete cartas a diversas igrejas as cristãs. Por meio delas, deduzimos a maior parte do que sabemos sobre ele e suas crenças.

Era um homem de grande entusiasmo religioso por morrer por Cristo.

Foi um pastor zeloso, preocupado com os cristãos de todas as partes, desejando que fossem fortes em meio às tribulações, sempre progredindo espiritualmente.

Ele foi o 1º a usar o termo igreja católica. Ele reconhecia uma posição de superioridade e autoridade da igreja de Roma, dizendo que tanto Pedro como Paulo havia manifestado naquela cidade. Foi martirizado em Roma durante o reinado de Trajano.(98-117. D.c).

Policarpo (70-155)

Policarpo era Bispo dos cristãos em Esmirna, na costa Oeste da Ásia menor, perto de Efésio, onde foi preso pelas autoridades romanas e publicamente executado por volta de 155. O que o tornou tão importante, no entanto, foi sua ligação com um dos discípulos do Senhor chamado João. Policarpo, escreveu pelo menos uma carta aos cristãos em Filipos conhecida por carta de Policarpo aos Filipenses e é usualmente incluída entre os pais apostólicos. Na ausência de uma Bíblia cristã (além da bíblia hebraica), que os cristãos viriam a chamar de AT, homens como policarpo eram consideradas as melhores e mais confiáveis fontes de informações a respeito do que os apóstolos ensinavam e de como dirigiam as igrejas.


Justino Mártir (100-165)

Justino nasceu em uma família grega na Palestina na primeira metade do século dois. Muito pouco se sabe a respeito da sua vida pré-cristã, a não ser que se tornou filósofo depois de converter-se ao cristianismo por volta de 150 e logo se tornou um dos mais hábeis defensores da fé. Ele era um escritor de recursos que apresentou o cristianismo a seus leitores pagãos com inteligência e denunciou abertamente a perseguição de seus companheiros de fé. Ele ensinava em Roma aos crentes e interessados, nas casas particulares; e foi este crime mais de qualquer outro, ao que tudo indica, que o levou ao martírio. Depois de um julgamento, foi pronunciada a pena de morte pelo juiz, e Justino, juntamente com outros cinco homens e uma mulher, foi decapitado em 162.

PAIS APOLOGISTAS E DOUTORES, 3° AO 5° SÉCULOS.

Teófilo de Antioquia (15-180)

Pouco se sabe a respeito de Teófilo além de que foi bispo dos cristãos em Antioquia. Sucedeu como bispo ao homem que sucedeu a Inácio no seu martírio em 115, provavelmente o ano em que nasceu. O último apologistas a ser considerado escreveu três livros a Autólico por volta de 180. Autólico foi um amigo pagão de Teófilo e este escreveu três livros a fim de responder aos comentários depreciativos que o amigo fizera em relação ao cristianismo. Teófilo é notado na história da Teologia Cristã por introduzir pela primeira vez o conceito de creatico exemplo nihilo: a criação do nada a criação grega de considerar o universo como eterno. O pensamento de Teófilo a respeito da trindade era um pouco confusa. Ele não conseguia fazer distinção clara do verbo (Logos) de Deus e do Espírito Santo de Deus. Teófilo morreu, de causa não historiada na década de 180


Eusébio de Cesaréia

Suas datas foram de 263-340.d.C.É data de Champlin, enquanto Gonzalez afirma a mesma data.

Foi homem de grande virtude, tendo sido o 2º grande historiador eclesiástico depois de Lucas, além de haver sido um erudito eminente, um apologistas cristão, um influente estadista eclesiástico e, acima de tudo, bispo de Cesaréia, cabeça da Judéia, por um quarto de século. Panfílio um presbítero de Cesaréia foi seu pai espiritual. Ele escreveu uma crônica da historia universal, que inclui uma tentativa cronológica, com uma lista de datas.

Ele fugiu para Tiro durante a perseguição movida pelo imperador Diocleciano, mas voltou a cesaréia e tornou-se bispo dali, nos anos 313 ou 315.d.c. Em 326 ele publicou uma enciclopédia em 4 volumes. Por isso foi considerado também como pai dicionário enciclopédias bíblicas.


Taciano (120-180)

Taciano era nativo da Síria. Muitas viagens e leitura extensa o familiarizaram com a cultura greco-romana dos seus dias. Taciano foi a Roma como orador público itinerante. No entanto, enquanto estava em Roma, o cristianismo chamou sua atenção. Passou a associar-se com Justino, o Mártir, tornando-se possivelmente seu discípulo. Ele não hesitou em convidar seus contemporâneos para examinarem o cristianismo dos seus dias, e para verem a sua simplicidade e clareza em contraste com a obscuridade do paganismo. Taciano salienta a inutilidade do paganismo e a razoabilidade do cristianismo nominal. Adopta um estilo muito duro ao expressar desprezo pelos modos gregos. Taciano morreu, provavelmente, por volta do ano 180, em lugar ignorado.

IDADE MÉDIA, 6° AO 15° SÉCULOS.

John Wycliffe (1329-1415)

“Reformador e Tradutor da primeira Bíblia para o inglês”.Nascido na cidade de Yorkshire, Inglaterra, em 1329. Atendeu à Universidade de Oxford e terminou o doutorado de Teologia em 1372. Também foi um dos mestres da Universidade de Balliol. Por ser o mais eminente teólogo de seus dias, teve a oportunidade de ser o capelão do rei Ricardo II com acesso ao Parlamento, e de traduzir a Bíblia, junto com seus associados, do Latim para o Inglês. O movimento reformador significou também um protesto e uma reação contra os tempos atribulados e contra uma igreja decadente e corrompida. Revoltas sociais e políticas eram comuns no século XIV. A Peste Negra em 1348 e 1349 dizimou pela morte cerca de um terço da população da Europa. A Revolta dos Camponeses em 1381, na Inglaterra, era uma evidência da insatisfação social associada com as idéias de Wycliff. As habilidades de Wycliff influenciaram na preparação do caminho para a reforma na Inglaterra. Em 1384, ele morre de derrame. John Huss, influenciado pelos ensinos de Wycliffe, foi tido como herege e queimado na estaca em 1415 pelo Concílio de Constança.

João Huss (1373-1415)

Nascido em Hussinec, na Boêmia, hoje Tchecoslováquia, em 1373, de uma família pobre que vivia da agricultura. Ele recebeu boa educação elementar e cursou na Universidade de Praga (capital atual da República Tcheca), onde terminou seu mestrado em Filosofia no ano de 1396. Dois anos depois, Huss começou ensinar na Universidade, e em 1401, veio a ser o seu reitor. Em 1400, Huss foi separado como padre e foi-lhe entregue a responsabilidade da prestigiada Capela de Belém. Após o casamento do rei inglês, Ricardo II da Inglaterra com Ana, filha do imperador Carlos IV da Boêmia em 1382, os ensinamentos de Wycliffe foram logo introduzidos no país. Estudando-os bem de perto, Huss começou não só a pregar, como também traduzir as obras de Wycliffe na língua Tcheca. Foi condenado como hereje, despido e queimado na estaca fora da cidade no dia 6 de julho de 1415. Huss morreu cantando o hino em grego “Kyrie eleeson” (Senhor, tem misericórdia).

Tomás de Aquino

Viveu entre 1224-1274. Teólogo, filósofo e monge dominicano. Nasceu na Itália, filho do Conde de Aquino (daí o seu nome) e da condensa de Teatre.

Aos 20 anos uniu-se a ordem dominicana e estudou por muito tempo em Paris. Aos 33 anos obteve permissão para ensinar em Paris e desde então foi professor ali e na Cúria papal em Roma e em Nápoles.

Suas principais obras são: 1ª Um comentário sobre as sentenças de Pedro Lombardo; 2ª Summa contra sentiles, um ataque contra os erros dos incrédulos, principalmente islâmicos, mas que contém muitos elementos filosóficos e teológicos, à parte de controvérsias; 3ª Suma Theologiae, sua obra-prima, sendo um Compêndio da exposição breves, sistemáticas abrangentes e bem pensadas das principais verdades da fé cristã; 4ª Questiones disputatae, discussões sobre termos como verdade, poder de Deus, mal, etc.

REFORMADORES, 16° AO 17° SÉCULOS.

Martinho Lutero (1483-1546)

Nasceu em 1483 em Eisleben, 1502 foi bacharel pela Universidade de Erfurt, 1505 mestrado pela Universidade de Erfurt depois dum temporal, deu entrada no convento Agostiniano de Vittenberg, 1508-17- professor, 1511- viagem para Roma, 1512- doutorado em teologia pela Universidade de Vittenberg, 1515-16-preleções sobre os livros de Romanos e Galatáx. Em 31 de outubro de 1517, Lutero afixou na porta da igreja do castelo de Vitenberg as 95 teses para afirmar suas crenças antes as heresias pregadas pela igreja católica, principalmente a venda de indulgências. Sendo traduzido do latim para o Alemão chegando a todas as partes da Alemanhã e algumas partes da Europa. 1517- Outubro dia 31 tornou-se um pastor, casou-se com Caterine de Boray teve três filhos. Pregou o evangelho durante toda sua vida de servo de Deus. Em 1516 Lutero orou pela última vez Pai em Tuas mãos entrego o meu espírito.

João Calvino (1509-1564)

João Calvino nasceu em 10 de Julho de 1509, em Noyon, na França, filho de família de classe média, estudou e se formou em Paris. Ao romper com a igreja católica Romana, Calvino viu-se obrigado a sair da França e em sua peregrinação, circunstancialmente foi morar em Genebra, Suíça, onde desenvolveu seu ministério. João Calvino, após longos anos de ministério, faleceu em 27 de maio de 1564.

Ulrico Zwinglio (1484-1531)

Ulrico Zwinglio nasceu em janeiro de 1484, na aldeia Wildhaus Alpes Suiças. Após receber educação primaria de seu tio, foi estudar em Berna e Viena. Em 1506-1516. Tornou-se sacerdote de Glaris. 1516-18- Einserdeln: cura da abadia que era um centro de peregrinação. 1519-31-cura da cidade de Zurique. 1522- recebe apoio do conselho do governo de Zurique e rompe definitivamente com a igreja católica Romana e passando a pregar o evangelho na Suíça onde grande parte do povo era protestante. 1523-1525- enfrenta a oposição dos Anabatistas. Ulrico faleceu em 1531.

PIETISMO

John Wesley

John e Charles foram o décimo quinto e décimo oitavo filhos de Samuel e Suzana Wesley. As datas de John são de 1703-1791. Ele foi um lide religioso inglês fundador do metodismo juntamente com seu irmão mais novo, Charles tornou-se a figura central desse movimento, que emergiu dentre o “clube santo”, Ele transferiu a direção do metodismo para o estado de George, nos Estados Unidos da América, em 1736.Com grande interesse pelas missões ao estrangeiro realizou 47 viagem à Irlanda, além de 22 visitas a Escócia. Alguns dos seus escritos foram: memoirs of John Wesley (três volumes); Sermons (quatro volumes; Doctrine of original Sin; Appeals to Men of Reason and Religion; Plain Account of Christian Perfection; Plain Account of the People Called Methodists. A coletânea de suas obras escritas consiste em catorze volumes.

Conde Zinzendorf (1700-1760)

Nicolas Ludwig Zinzendorf nasceu em 1700 na cidade de Dresden, Alemanha. Filho de nobres saxônios esteve, desde cedo, sob os cuidados de sua avó materna, mulher piedosa que sempre recebia em sua casa irmãos piedosos, como Spener e Franke. Dos dez aos dezesseis anos estudou em Halle, recebendo a influência pessoal de Franke quanto à consagração ao Senhor numa vida santa e também voltada ao espírito missionário. Estudou Direito na Universidade de Wittenberg, centro do luteranismo ortodoxo (1716 a 1719). Tentou, sem sucesso, conciliar os estudos nas universidades de Halle e Wittenberg. Em viagens pela Europa, Zinzendorf fez contato com a teologia da Reforma, com grupos não vinculados à igreja tradicional e com católicos romanos. Foi funcionário público do governo na Saxônia. Zinzendorf morreu aos 60 anos de idade, tendo sido um dos homens que mais buscaram ardentemente a comunhão com o Senhor e a unidade do povo de Deus na terra

TEOLOGIA DO SECULO XIX

Friedrich Daniel Ernst Schleiermacher (1768-1834)

Friedrich Daniel Ernst Schleiermacher (Breslau, 21 de novembro de 1768 — Berlim, 12 de Fevereiro de 1834) foi um teólogo, filósofo e pedagogo alemão. Foi corresponsável pela aparição da teologia liberal, negando a historicidade dos milagres e a autoridade literal das Escrituras. Para Scheleiermacher o caminho para o conhecimento da Divindade era o sentimento e intuição do universo. Sua grande contribuição para a teologia foi sua articulação de uma teoria hermenêutica. Para ele a tarefa de hermenêutica era “ entender o discurso tão bem como o autor, e depois melhor do que ele “.A intenção de Schleietmacher era fornecer uma teologia que fosse completamente moderna e cristã.

Russel Nornan Champlin

Nasceu no dia 22 de dezembro de 1933 em Salt Lake City, Utah, E.U.A. Fez o grau B.A. em Literatura Bíblica no Immanuel College; os gruas M.A. e Ph.D. em língua Clássica na Universidade of Utah; escreveu suas teses na área dos manuscritos gregos do Novo Testamento; fez estudos de especialização (no nível de pós-graduação) no Novo testamento na University of Chicago. Na sua carreira como professor universitário e escritor, publicou mais de 45.000 páginas de literatura. Sua magnum opus foi o novo testamento Interpretado. Publicou mais de sete livros e colaborou na publicação de diversos outros; escreveu um numero significativo de artigos sobre a filosofia que foram publicados em revistas especializadas no Brasil. A estas realizações, acrescenta, agora, a enciclopédia de Bíblia, teologia e filosofia que contém 13.000 artigos.

Beato Pio IX

O Beato Pio IX OP, nascido Giovanni Maria Mastai-Ferretti (Senigallia, 13 de Maio de 1792 - Roma, 7 de Fevereiro de 1878). Foi Papa durante mais de 31 anos, entre 16 de Junho de 1846 e a data do seu falecimento. Era Frade Dominicano. Obs.: Foi o 3º Papa a nascer no dia 13 de Maio os outros 2 foram: Papa Inocêncio XII e Papa Inocêncio XIII. Giovanni Mastai-Ferretti nasceu em Senigallia (Itália) e estudou no Colégio Piarista em Volterra, e em Roma. Por sofrer de epilepsia não conseguiu seguir uma carreira militar, tendo seguido teologia e sendo ordenado sacerdote em 1819. Trabalhou nos primeiros anos do sacerdócio no Chile, regressando ao seu país em 1825. Nomeado arcebispo de Spoleto em 1827 e cinco anos depois para a diocese de Imola. Elevado a Cardeal em 1840. A sua eleição para Papa sucessor de Gregório XVI foi o resultado de uma divisão no conclave entre conservadores e reformadores. Mastai-Ferretti era o candidato liberal, e, ao quarto escrutínio, foi eleito. Tomou o nome de Pio IX como homenagem ao Papa Pio VIII, seu antigo benfeitor. Foi coroado em 21 de Junho de 1846.


TEOLOGIA DO SECULO XX

Karl Barth ( 1886- 1968)

Foi um teólogo cristão, pastor da Igreja Reformada, e um dos líderes dos pensamentos neo-ortodoxos.Nasceu na Basiléia e foi criado em Berna (ambas na Suíça). De 1911 a 1921 foi pastor da aldeia de Safenwil no cantão de Aargau. Lecionou teologia em Bonn, Alemanha, mas, em 1935, recusou-se a apoiar Adolf Hitler e teve que deixar o país, retornando à Basiléia. Suas principais obras sãos: Carta aos Romanos (1992), Dogmática Eclesiástica (l932-1968) obra grandiosa inacabada. Originalmente treinado na Teologia Protestante Liberal, desapontou-se com ela devido aos males e horrores da Primeira Guerra Mundial.

Paul Johannes Tillich (1886 - 1965)

Teólogo germânico nascido em Starzeddel, província de Brandenburgo, Alemanha, cognominado o apóstolo dos céticos, defendeu o exame da religião pela razão. Cresceu em Schönfliess, pequena comunidade onde o pai era ministro da Igreja Territorial Prussiana, estudou na escola secundária de Königsberg-Neumark e entrou para a Universidade de Halle (1905), onde se doutorou em filosofia (1911) e licenciou-se em teologia (1912). Ordenou-se pastor luterano e serviu como capelão militar na primeira guerra mundial durante a qual aderiu ao movimento socialista religioso na Alemanha. Ensinou (1919-1933) nas universidades de Berlim, Marburg, Dresden, Leipzig e Frankfurt, período em que publicou mais de cem ensaios, artigos e estudos. Por discordar do nazismo emigrou para os Estados Unidos (1933)e foi professor no Union Seminary, em Nova York e nas universidades de Harvard e Chicago, cidade onde morreu. Elaborou uma teologia a partir das idéias de Schelling e no existencialismo de Kierkegaard, cujo método teológico baseou-se no chamado princípio da correlação. Suas obras mais conhecidas são Systematic Theology (1951-1963), The Courage to Be (1952) e Dynamics of Faith (1957).

Emil Brunner (1889–1966)

O teólogo neo-orthodoxo Emil Brunner foi ordenado pela igreja reformada da Suíça e foi professor de Teologia Sistemática na Universidade de Zurique, onde sempre ensinou, exceto por longas turnês de parlestras nos Estados Unidos e na Ásia. Ele, junto com Karl Barth, buscou reafirmar os temas centrais da reforma protestante contra o clima predominante de teologia liberal. Apesar de, assim como Barth, tenha sido arrastado por um socialismo religioso na juventude, começou a considerar essa postura como “uma bela ilusão” diante dos horrores da Primeira Guerra Mundial. Ademais, aqueles horrores deram um fruto que Brunner considerou ainda mais horrendos: os Estados modernos, totalitários, ateus e coletivistas. Em resposta a isso, sentiu-se compelido a formular um sistema completo de ética social cristã que fosse, de uma só vez, conforme a igreja reformada, bíblica e de cunho personalista.

INTRODUÇÃO AO LIVRO DE ATOS DOS APOSTOLOS

Introdução.


De todos livros do N.T. o livro Atos dos Apóstolos ocupa uma posição singular. É o único que tenta apresentar uma narrativa histórica dos tempos imediatamente seguintes á ascensão de Jesus Cristo.

Esse livro é o segundo volume de uma obra de dois volumes de Lucas, o médico amado.

O primeiro volume é um evangelho, onde se encontra a história do fundador do movimento cristão. O segundo se inicia onde o outro terminou. A informação encontrada nele não se encontra em nenhum outro livro do Novo Testamento.


Atos.

Data.

O tempo da escrita de Atos é um dos problemas mais discutidos no meio erudito do N.T., as datas variam desde 60 d.C. a segunda metade do segundo século. Duas coisas são evidentes: Atos foi escrito depois do Evangelho de Lucas e subseqüente aos eventos de Atos 28.30.

Geralmente é aceito que Atos foi escrito antes do primeiro julgamento de Paulo perante Nero. Embora haja discussões acerca da época exata do encerramento de Paulo em Roma, a maioria dos estudiosos colocaria o fim dos dois anos dentro do período de 59-62 d.C.

O fator determinante na datação deste período é a chegada de Festo a Cesaréia a data mais provável é cerca de 57 d.C. Isto colocaria a viagem a viagem de Paulo a Roma no inverno de 57-58. os dois anos de Atos 28.30 incidiriam, então, entre 58-60. Outros fatores para se crê nessa data são:

Primeiro: A maneira abrupta de encerrar pode ser entendida pelo fato de Atos ter sido escrito antes do aparecimento de Paulo perante Nero. Não é natural um livro terminar dessa maneira, se o autor sabia que Paulo havia sido solto.

Segundo: Em nenhuma parte o autor insinua acerca da morte de Paulo. Atos termina com uma nota demasiadamente confiante. Certamente o autor, em algum lugar, teria traído a si próprio se soubesse da morte de Paulo.

Terceira: A reação geral das autoridades romanas ao cristianismo torna difícil de se crer que a perseguição neroniana havia iniciado.

Em toda parte os oficiais romanos haviam declarado os cristãos inocentes das acusações trazidas contra eles. A perseguição por decreto imperial ainda não havia começado.

Quarta: Se se aceita que Paulo é autor das Epistolas Pastorais, então ele teve que ser solto da prisão, para se explicar as referencias históricas nas Pastorais que não podem ser correlacionadas com Atos.

Por essas e outras argumentações a data mais provável é 66-70 d.C. antes da destruição de Jerusalém.

Fontes.

Tendo-se determinado que Lucas, o médico amado, escreveu Lucas-Atos pelo fim da guerra judaico-romana, naturalmente segue-se que muita parte do material contido em Atos é de um relato de testemunha ocular.

Há forte possibilidade de que Lucas conheceu Marcos e Barnabé em Antioquia da Síria. Está claro que Lucas usou o Evangelho de Marcos como base para seus escritos.

Ato 12.12 indica que a casa de Marcos fora o local de reunião para os cristãos antes do pentecostes. Marcos, portanto, poderia ter sido uma das fontes de Lucas para informações acerca da vida inicial da Igreja.

Outros que poderiam ter fornecido informações foram Mnáson (At 21.16) e Felipe, um dos sete(At 21.8-14), e Tiago, o meio irmão de Jesus, ainda estava em Jerusalém quando Lucas e Paulo chegaram lá (At 21.18).

Lucas teve ampla oportunidade de visitar os lugares onde os eventos ocorreram e conversar com os que participaram desses eventos.

Propósito.

Atos foi escrito para explicar a emergência de uma comunhão religiosa mundial, através de aceitação da proclamação do evangelho de Jesus Cristo, a Igreja saiu ao mundo, sob o poder e direção do Espírito Santo, para quebrar toda barreira que separa o homem do homem e o homem de Deus.

Lucas mostra a maneira pela qual Jesus trabalhou, em seus seguidores, para quebrar principalmente as barreiras racial e religiosas.

Parece que Lucas está mostrando o surgimento do cristianismo gentio; como um movimento que se iniciou na religião ultranacionalista do povo judeu tornou-se livre dos conceitos estreitos do exclusivismo religiosos, a medida que o Espírito Santo era capaz de interpretar para os seguidores do Caminho a obra de Deus de trazer todos os homens a si, em Jesus Cristo.

Esse movimento pode ser traçado de Jerusalém a Samaria até o mundo gentio; em todas as etapas, é o Espírito Santo que conduz a Igreja no conceito sempre mais vasto do que o Cristianismo realmente é.

O derramar do Espírito Santo é visto em toda parte como prova deste movimento para fora e para frente: no Pentecostes (At 2) em Samaria (At 8), em Cesaréia (At 10.11) e em Èfeso (At 19).

O plano de Atos.

Lucas, ao escrever uma historia da Igreja primitiva, usou um plano que foi não só correto historicamente, usou um plano que não foi só correto historicamente, mas também teologicamente importante.

Em seu propósito de demonstrar o poder do Evangelho em reconciliar as pessoas com Deus e umas com as outras, Lucas partiu sua narrativa em segmentos.

Cada segmento tem a ver com um problema que separam as pessoas que são conquistadas pelo Espírito Santo através da proclamação do Evangelho.

Ele fez uso de uma expressão corretamente para denotar o movimento de um segmento para outro.

A locução ( colophon) que Lucas usou é: “E a palavra de Deus crescia e se multiplicava...”. pode-se notar que essa expressão ( ou uma ligeira variação ) é encontrada em 6.7 ( após a crise na igreja em Jerusalém e antes da expansão, a partir de Jerusalém ); 9.3 ( após a inclusão dos samaritanos e do eunuco etíope ); 12.24 ( após a inclusão dos gentios tementes a Deus, de Cesaréia, e a morte de Herodes Agripa I ); 16.5 ( após a controvérsia com os judaizantes e a conferencia de Jerusalém ); 19.20 ( após a inclusão dos gentios ).

Então, segue-se a viagem de Paulo a Roma, via Jerusalém. Lucas usou o plano de expansão geográfica para mostrar o desenvolvimento teológico da igreja, de um conceito nacionalístico estreito para uma religião que não tem nenhuma barreira artificial estabelecida pelo homem pecador.

Os princípios que Jesus ensinou, e nos quais ele morreu, são mostrados aqueles que podem vencer qualquer preconceito que ocasione separação.

Qualquer esboço de Atos deve considerar seriamente o método que Lucas usou para indicar as principais divisões de sua obra.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

MORDOMOS CONFIANTES E NÃO PREOCUPADOS

"Portanto, não se preocupem com o amanhã, pois o amanhã trará a suas próprias preocupações. Basta cada dia o seu próprio mal." (Mt. 6.34).

No exercicio da mordomia, o modormo não pode ficar preocupado quanto a sua condição. Mordomo de Deus tem que ser confiante e não preocupado, por dois motivos:
01) o Senhor do mordomo é quem o mantem. Jesus é bem claro ao dizer que os discipulos não deveriam andar preocupados quanto as suas necessidades básicas para viver, pois estas eram (e são) assistidas pelo próprio Deus (Mt 6.30; Lc 12.28). O mordomo é cuidado de perto por seu Senhor. Ele não só administra como desfruta do que pertence ao Senhor. Deus garante a seus mordomos o cuidado, por isso, o mordomo pode e deve exercer sua mordomia despreocupadamente.
Invistamos nossos recursos financeiros, fisicos e espirituais sem medo de que algo falte, o Senhor cuida dos seus.
02) É preocupação do Senhor do mordomo o sustentar. O mordomo deve ter apenas uma preocupação: buscar o Reino de Deus e sua justiça (Mt 6.33). Isso significa que a concentração dos que servem ao Senhor deve ser somente em servi-lo, essa deve ser uma busca continua na vida daqueles que receberam de Deus serem mordomos seus.
Muitos utilizam este versículo para dizer que todas as coisas serão acrescentadas, mas não é isso que o texto quer dizer, o texto diz que "todas essas coisas" que coisas? As necessárias para a sobrevivência. O texto apresenta que a ocupação do mordomo ém em trabalhar para seu Senhor, que por sua vez tem sua preocupação no sustento do mordomo.
Podemos e devemos exercer a mordomia despreocupadamente que nosso sustento está garantido em Deus. Em nossa prática da mordomia sigamos o conselho do salmista: "Entregue o seu caminho ao Senhor, confie nele, e ele agirá." (Sl 37.5). Que possamos ser mordomos dedicados e confiantes, pois nossa confiança está em nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.

O DONO DE TODAS AS COISAS

Do Senhor é a terra e tudo o que nela existe, o mundo e os que nela vivem, Sl 24.

Em se tratando de mordomia cristã, cabe atentar para o fato de que Deus é o dono de todas as coisas. Deus cria a terra e a sustem. Deus é chamado como o Rei de toda a terra (Sl 47.7), ou seja, Ele exerce e tem domínio sobre todas as coisas. Até mesmo, governantes, principes e reis estão debaixo da autoridade do Senhor (Sl 47.9).
Sendo Deus rei e dono de todas as coisas, nós somos seus súditos e como súditos apenas administramos aquilo que pertence ao rei da glória. O salmista deixa claro que a terra e tudo o que nela existe, pertencem ao Senhor.
O que a terra produz é do Senhor. Também o que o homem produz é do Senhor, pois ele mesmo a Ele pertence.
É um equívoco achar que temos alguma coisa, sendo que até mesmo os filhos, são herança, que nos é concedida por Deus ( Sl 127.3). Por isso que não podemos achar que o fruto do nosso trabalho nos pertence, pois somos apenas mordomos e não donos. Quando exercemos a mordomia, estamos apenas cumprindo o papel que nos cabe. Papel este que é por demais maravilhoso, visto que nossa mordomia é ao Senhor do universo e não a homens.
Do Senhor é a terra e tudo o que nela existe. Do Senhor são nossos recursos, nossos bens, nossos filhos, pois nós mesmos pertencemos ao Senhor. E nada melhor do que pertencer ao Deus de amor, que confere a nós tão grandioso trabalho, o de sermos mordomos de suas posses.

CUIDADOS COM A SAUDE.

Dicas para não engordar no inverno.


Parece inevitável ganhar alguns quilinhos no inverno: o corpo precisa ser mais aquecido, as tentações gastronômicas são enormes e a preguiça de ir à academia é demais! Diante de tais ameaças, conversei com o endocrinologista Alex Leite e ele deu algumas dicas para nos mantermos em forma nesse inverno:

O frio faz engordar?

“Sim! O ganho de peso no inverno ocorre pela maior tendência à ingestão de alimentos calóricos para suprir o gasto energético, aumentando assim a produção do calor corporal e promovendo acúmulo de tecido adiposo, que garante um maior isolamento térmico”, explicou Dr. Alex. E mais: com a queda de temperatura, tendemos a ficar mais preguiçosos e menos dispostos a sair de casa para uma atividade física ou passeio. A inatividade deixa o nosso metabolismo mais lento e favorece o ganho de peso. Xô preguiça!


Mexa-se

O Dr. Alex sugere a prática de atividades físicas três vezes por semana com foco em exercícios para as pernas, que promovem um elevado gasto calórico. Portanto, coloque o moletom e vamos lá!


Coma bem

“Dê preferência aos alimentos integrais e mantenha o hábito de fracionar as refeições em várias porções ao longo do dia. Também é importante continuar fazendo as refeições apenas na mesa, em um momento reservado exlcusivamente para a sua alimentação”, sugeriu o especialista. Qualquer distração pode fazer você comer mais do que realmente necessita.

Sopa é light?

As sopas são grandes aliadas no inverno, pois ajudam na ingestão de legumes e verduras que deixamos de consumir nas saladas, além de aquecerem bastante! “Mas nem todas as sopas são indicadas. Algumas têm muitos ingredientes gordurosos, como bacon e queijos, e acabam sendo muito calóricas”, contou o endocrinologista. Cuidado também com a quantidade de azeite e pãozinho que acompanha a sopa. Eles podem acabar com a leveza da sua refeição.


Chá e café para aquecer

Evite bebidas quentes adoçadas com açúcar e alimentos ricos em gordura. Portanto, fuja dos chocolates quentes e cappuccinos e substitua a vontade de consumir líquidos quentes por chá ou café. Se a vontade pelo chocolate quente for incrotrolável, prepare a mistura com leite desnatado e achocolatado light.

O Dr. Alex Leite é endocrinologista do Hospital São Luiz.

redacaoregional@ig.com.br