terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

A ESCOLHA DE UM POVO

Texto básico: " Porque tú és povo santo ao Senhor teu Deus: o Senhor teu Deus te escolheu, para que fosses o seu povo próprio, de todos os povos que há sobre a terra" Dt. 7:6

Deus escolhe um povo segundo o seu propósito.
O plano divino para separar um povo de todos os povos da terra, começa após o dilúvio com a pessoa de Abraão, um homem caldeu da linhagem de Sem, um dos filhos de Noé. Essa escolha de um semita estava embasada na benção de Noé a Sem, como diz:  "E disse: Bendito seja o Senhor Deus de Sem", Gen 9.26.
Lembramos também, que o povo de Deus antes de Abraão sempre existiu, mesmo sem uma forma organizada. De Adão a Noé encontramos rastros desse povo em homens que se destacavam na vida religiosa. Quando nossos pais ssairam do Éden, geraram filhos, Gn 4:1-2. Abel, foi sem dúvida alguma, um homem escolhido por Deus, pois entendeu a forma de agradar ao Senhor, oferecendo um sacrificio representativo do Cordeiro de Deus, Gn 4.4. o inimigo tentou destruir a semente santa, matando Abel, Gn 4.8, mas o Senhor Deus fez a  semente brotar com o nascimento a Adão e Eva, do filho chamado Sete, em lugar de Abel, isto é, outro representante de Deus na terra, Gn 4.25. De Sete nasceu Enos, formando assim uma família de adoradores, pois a partir daí, se começou a invocar o nome do Senhor, Gn 4.25 e 26. Acreditamos que desse ponto em diante havia um povo que servia ao Senhor, prestando-lhe culto de forma organizada. Mais tarde apareceu Enoque, referido como um homem que andou com Deus, Gn 5;19-24. Depois dele encontramos a referência a Noé, Gn 5.29. Este homem também é descrito como um servo fiel do Deus Eterno, Gn 6.8 e 9. Com ele encerrou-se o mundo antediluviano.
Passado o dilúvio, Noé saiu da arca com sua família e ofereceu um sacrificio ao Senhor, que foi por Ele aceito, Gn 8:15-21. Deus renovou em Noé a ordem dada a Adão na criação, Gn 9.1. Da descendencia do seu ilho Sem, o Senhor levantou a família de Abraão que foi o tronco em a nação escolhida e o pái na fé de todos os crentes no mundo, Rm. 4;16 e Gl 3:7-9.
Nestes rápidos comentários, pudemos observar que o povo de Deus sempre existiu desd as portas do Éden.
Vamos conhecer a partir daqui a história do povo escolhido por Deus, para ser, entre todos os povos, o Seu representante entre a humanidade.
Da descendencia de Sem, nasceu Abraão, o homem que Deus separou para realizar o plano da escolha de um povo que O servisse por todas as gerações futuras. Quem era Abraão? " A chegada dos amorreus a Babilônia parece que não melhorou muito a vida espiritual dos caldeus. A mistura,, em vez de concorrer para a purificação dos costumes, talves, conduzisse a maiores decomposições. Daí, Deus determinar começar de novo, e começar não por destruir a raça, mas criando uma nova raça. A familia de Abraão proviera do primitivo elemento amorreu, mais ou menos monoteísta. Tudo que sabemos do grande herói da Bíblia é que era um diplomata e estadista. A cultura de UR tinha atingido proporções consideráveis no tempo de Abraão. Ele nasceu em 2160 A.C., mais ou menos, depois que a civilização camita e semita dera ao mundo algumas das suas mais renomadas concepções". Povos e Nações do Mundo Antigo, p.77.
Com a descendencia de Abraão, Deus prometera formar uma nação e dar-lhe em herança uma terra. O pacto divino previa a benção aos descendentes de Abraão, a terra de Canaã como possessão a raça eleita, o compromisso de Deus em ser o Deus desse povo e a exigência de que a aliança fosse sempre guardada pelo povo. Esse pacto fora selado com a circuncisão de Abraão e passou a ser o sinal entre a nação israelita e Deus por todas as gerações, até Cristo, I Co 7:19.
É necessário que relembremos a história dos descendentes de Abraão, para compreendermos o desenvolvimento do pacto abraâmico. De maneira bem sucinta, temos o nascimento de Isaque, jacó e josé, um dos doze patriarcas. Conforme a descrição bíblica, tudo acontecia sob a orientação divina, para que o plano alcançasse seu maior objetivo, a formação de um povo escolhido segundo a vontade de Deus.
A história de José empolga o leitor da Bíblia. Desde sua juventude Deus se manifestou através dele, mesmo de modo estranho à familia como fora o caso dos seus sonhos envolvendo or irmãos e os pais, naturalmente só compreendido 20 anos mais tarde com a ida de José ao Egito e sua posição politica naquele pais. Ele mesmo declarou aos irmãos que para preservação da raça eleita, Deus o havia feito chegar ao Egito. Só assim, os irmãos entenderam o significado do sonho de José pois no cumprimento, eles realmente se inclinaram perante ele. Deus estava fazendo Seu propósito se tornar realidade.
Deus preparou Jacó através da  experiencia em Betel e Jaboque para continuar firme na caminhada, porque dele nasceriam os doze patriarcas que ficaram com seus nomes registrados na história da nação hebraica. Nesse episódio da vida de Jacó o Senhor lembrou a ele Seu compromisso feito a Abraão, confirmando em sua pessoa a promessa e proteção aos seus descendentes. Jacó tembém fez ali em Betel um pacto de obediência a Deus, Gn28:14 e 15, 20-22..
Quando jacó desceu ao Egito com toda sua família, recebeu novamente a confirmação de Deus sobre a promessa, Gn 46:3-4. Nesse começo da nação escolhida, o número era pequeno, apenas 70 pessoas, Gn 46:27. Mas o Senhor havia dito a Abraão que sua descendencia cresceria em extremo e seria incontável como as estrelas do céu. E foi isso o que aconteceu no Egito. Ao descer para lá, os descendentes de Abraão não eram escravos, mas gozavam de liberdade e regalia naquela terra. Tudo contribuía para o aumento demográfico daquele povo, como estava nos planos de Deus. Um grande povo com uma cultura certamente especial: gente sábia e entendida.
Pastor Genesio Mendes - lições Bíblicas nº 250 jan. 2000