terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

DEUS TEM UM NOME?

No mundo moderno, o nome de uma pessoa é apenas um rótulo de identificação. nos tempos bíblicos, porém, os nomes pessoais costumavam ser escolhidos para informar, descrever de algum modo o caráter da pessoa ou as circunstâncias na ocasião de seu nascimento. Do mesmo modo, as escrituras se referem com frequência aos nomes de Deus como modo de revelar seu caráter. O Antigo Testamento celebra constantemente o fato de que Deus tornou o seu nome conhecido a Israel. Dentre os muitos nomes de Deus no Antigo testamento, temos, na tradução para a nossa língua, Deus Todo Poderoso (Gn17.1; 35.11), Altíssimo (Nm24.16), Deus Altíssimo (Gn 14.18-22), o Criador de Israel (Is 43.15), o Santo (Is 43.15), o Santo de Israel (Sl89.18).
Não há duvida de que o nome mais importante de Deus no Antigo Testamento é Yahweh, conforme a grafia mais antiga), ou "o Senhor", como em várias traduções modernas da Bíblia. Apesar de Deus ter-se revelado aos patriarcas como Yahweh antes do tempo de Moisés (Gn 15.7; 28.13), ele declarou a Moisés que esse nome era especilamente significativo em seu tempo e seria para o restante da história de Israel. Quando Deus falou a Moisés da sarça ardente, Moisés perguntou qual era o nome de Deus. A primeira resposta foi "Eu Sou o Que Sou", nome abreviado em seguida para "Eu Sou". Deus é o Senhor (o nome usado no lugar de Yahweh, traduzida como "Eu Sou"), o Deus de vossos pais (Ex. 3.6,13-16).
O nome Yahweh é envolto em grande  mistério. Tradicionalmente, esse nome em todas as suas formas era considerado o foco do caráter eterno, autossuficiente, autônomo e soberano de Deus, o modo sobrenatural de existência que o sinal da sarça ardente havia indicado. Em tempos mais recentes, esse nome é associado de modo bastante próximo a idéia de que Deus é fiel e guarda a sua aliança. Quando Deus falou pela primeira vez na sarça ardente, revelou-se como Aquele que havia feito promessas aos patriarcas, por meio da aliança firmada com eles (Ex 3.6). Essa revelação levou Moisés a perguntar o nome de Deus. Quando Deus revelou o seu nome como Yahweh, anunciou que não era apenas o Deus do passado, mas também o Deus que se lembra das promessas de que havia feito na aliança e que opera em favor do seu povo, para cumpri-las, como estava prestes a fazer para os israelitas no Egito. Numa ocasião posterior de sua vida (Êx 33.18 -34.7), Moisés pediu para ver a "glória" de Deus, e, em resposta a este pedido, Deus proclamou seu nome, Yahweh, da seguinte maneira: "Senhor, Senhor, Deus compassivo, clemente e longânimo e grande em misericórdia e fidelidade; que guarda a misericórdia em mil gerações, que perdoa a iniquidade, a transgressão e o pecado, ainda que não inocenta o culpado..." A fidelidade de Deus em cumprir suas alianças reaparece com frequência em passagens posteriores das Escrituras (Dt 7.9; Ne 9.7-8, Is 61.8; Jr 31.31-34). Tudo isso faz parte da revelação de sua natureza, pela qual ele deve ser adorado para sempre.
Assim, não é dificil entender porque o nome de Deus é ligado muita vezes à sua posse e autorização (Êx 23.21; Dt 18.19; 2Cr 7.14; Is 43.7). também  representa a presença invocável de Deus no Templo de Salomão, onde está intimamente associado aos olhos atentos, ouvidos abertos e coração receptivo de Deus (2 Cr 7.14-15). Nesse sentido, o nome de deus é o objeto de oração e louvor ( Sl 8.1; 113.1-3; 145.1-2; 148.5-13).

texto extraído da Bíblia de estudos de Genebra
Pastor Carlos Edson de almeida.