quarta-feira, 20 de julho de 2011

A IGREJA E A SOCIEDADE

CRESCIMENTO DE IGREJA SEGUNDO A BÍBLIA


A EVANGELIZAÇÃO

TEXTO BÁSICO

Mateus 28.18-20

INTRODUÇÃO

Por que a evangelização deve ser preocupação da Igreja e por que o envolvimento na evangelização deve ser ambição do pastor? A resposta é simples: Nosso Senhor Jesus Cristo nos mandou evangelizar (Mt 28.19-20; Mc 16.15,16; Lc 24.46-49; Jô 20.21; At 1.8).

Temos a obrigação de cumprir a Grande Comissão de fazer discípulos de todas as Nações, começando em nosso próprio País. O propósito do Senhor é a salvação do mundo: “Porque o Filho do Homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar sua vida em resgate de muitos” (Mc 10.45). “Porque o filho do Homem veio buscar e salvar o que se havia perdido” (Lc 19.10).

Para Cristo, ganhar o perdido era o maior desejo e o propósito expresso de sua vinda ao mundo (Jô 4.32-34).

Cristo chamou os discípulos para que o seguissem e aprendessem a ser “pescadores de homens” (Mt 4.19). Ele ensinou os discípulos para que se tornassem mensageiros das novas do Reino e testemunhassem seus sofrimentos. No final, Jesus os comissionou para que evangelizassem o mundo, o que começaram a fazer assim que receberam o poder do Espírito Santo (At 1.8; 2.1-4).
O relato de Atos descreve a obediência da Igreja à Grande Comissão, a mesma comissão confiada à Igreja de hoje.

EXPOSIÇÃO

1. ORDEM DA EVANGELIZAÇÃO
A ordem, desse modo, é evangelizar o mundo. Mas o que significa evangelizar?

Algumas definições chaves esclarecem o significado de evangelização. J.Packer define: “Evangelização consiste simplesmente na pregação do evangelho..... É uma obra de comunicação na qual os crentes, sobre a misericórdia de Deus, se fazem porta-vozes da mensagem para os pecadores. Todos aqueles que anunciam fielmente essa mensagem, sob quaisquer circunstâncias, tanto numa numerosa como numa pequena reunião, em um púlpito ou em uma conversa particular, estão evangelizando”.

Também podemos definir da seguinte forma: “Ganhar almas significa que podemos tomar a Bíblia e mostrar ás pessoas que elas são pecadoras e, que de acordo com a Bíblia, Deus as ama. Sendo que Cristo Morreu na Cruz para pagar seus pecados e que agora todos os que voltam honestamente o coração para Cristo, a fim de obter o perdão, poderão alcançar a vida eterna. E, podemos incentivá-las a tomar essa decisão de fugir do pecado e confiar em Cristo para sua Salvação. Assim ganhar almas significa levar o Evangelho a todos com tal poder do Espírito Santo que eles sejam conduzidos a Cristo e nasçam de novo; tornem-se filhos de Deus pela renovação do Espírito Santo”.

Qualquer definição de evangelização ou expansão leva em consideração Mateus 28.18-20, que inclui mais que uma simples proclamação de um simples evangelho. A ordem de fazer discípulos inclui pelos menos quatro elementos:

• 1.1 IR AS PESSOAS

Ir, ou seja, tomar a iniciativa de buscar as pessoas que não tenham sido alcançadas – vamos a elas, não esperemos que elas venham a nós.

• 1.2 CONTEÚDO

Apresentar o Evangelho, a mensagem da Cruz, com todas as suas implicações do senhorio de Cristo, da expiação, da graça, do arrependimento e da fé.

• 1.3 EFEITO DA MENSAGEM

Batizar, isto é, convocar os pecadores a uma declaração pública de sua fé em Cristo e arrependimento do pecado.

• 1.4 DISCIPULADO

Ensinar, isto é, colocar os convertidos numa assembléia em que seja possível um processo contínuo de ensino.

2 . A EXPANSÃO BÍBLICA

A expansão bíblica é mais que despejar folhetos evangelísticos na cidade ou convidar alguém para uma apresentação na Igreja. Esses quatro elementos merecem um exame bem atento.

• A EVANGELIZAÇÃO É ATIVA

As traduções em português do original grego no texto de Mateus 28.19, começam com “Ide”, tradução de um particípio aoristo que transmite a conotação “tendo ido”. O verbo principal do versículo é fazer “fazer discípulo” ou literalmente “discipular” todas as nações. Assim, o que essa ordem pressupõe é que os cristãos irão sair com o propósito expresso de fazer das nações discípulos de Cristo.

Evangelização bíblica é ir, ou seja, sair à busca das almas perdidas deste mundo. Muitos caem no erro de pensar que, se os pecadores entre as nações quiserem ser salvos, devem vir á Igreja. O maior motivo pelo qual a Igreja está declinando é que ela tem deixado de sair à procura dos perdidos. Por alguma razão, a evangelização passou a ser algo feito entre as quatro paredes da Igreja. Hoje a Igreja espera que os incrédulos cheguem a ela, quando na verdade a Igreja devia ir a eles.

• A EVANGELIZAÇÃO É A PREGAÇÃO DO EVANGELHO

A ordem de fazer discípulos implica em convidar homens e mulheres à fé, obediência e submissão a Jesus Cristo. Alguns equiparam a evangelização com a pregação de mudanças sociais, direitos humanos, libertação política, igualdade econômica e muitas outras causas. Essas questões, embora tratem de projetos justos, não é a evangelização bíblica.

Evangelização é a pregação da Cruz de Cristo: Ele morreu pelos pecados do mundo, ressuscitou dos mortos, é o Senhor do universo e de sua Igreja, e as pessoas devem primeiro crer na verdade da mensagem para que se produza efeito em sua alma (Rm 3.1-31; 10.9-10; I Cor 15.1-4; Gl 2.16-21). Isso deve incluir a deidade de Cristo, sua encarnação, sua natureza impecável, sua morte vicária em substituição ao pecador, sua ressurreição corporal, arrependimento por parte dos pecadores e o julgamento vindouro do mundo.

A pregação evangelística é um chamado para que as pessoas se tornem discípulos de Cristo. Qualquer coisa inferior não é evangelização bíblica.

 A EVANGELIZAÇÃO É TRANSFORMAÇÃO DE VIDAS

Cristo mandou que os discípulos batizassem as nações em nome triúno de Deus como símbolo do abandono dos pecados e apego ao Salvador. O clamor do Evangelho sempre é: “Salvai-vos desta geração perversa” (At 2.40) e convertei-vos dessas vaidades ao Deus vivo ( At 14.15). O Evangelho é para fazer as nações saberem que Deus “anuncia a todos os homens, em todo lugar, que se arrependam” (At 17.30). Isso sempre implica “conversão a Deus e fé em nosso Senhor Jesus Cristo” (At 20.21).

Assim, a evangelização bíblica e eficaz sempre resulta em vidas transformadas, almas rendidas e submissas ao senhorio de Cristo.

• A EVANGELIZAÇÃO É UM DISCIPULADO CONTÍNUO

O Senhor incluiu na Grande Comissão a tarefa complementar de aperfeiçoar e amadurecer os discípulos, ensinando-os a guardar todas as coisas que lhes havia mandado (Mt 28.20). A evangelização eficaz tem por alvo a incorporação do discípulo no contexto da Igreja ou assembléia local de crentes, o novo discípulo pode então, crescer até a plenitude da imagem de Cristo (Ef 4.11-16). A evangelização no Novo Testamento brotava da igreja local e resultava em convertidos. A medida dos resultados não era o número de profissões de fé, mas o número acrescentado à igreja e, mais tarde, o número de igrejas formadas pela atuação evangelística.

3. CONCLUSÃO

A Igreja necessita de renovação em seu compromisso de obedecer ao mandado de nosso Senhor Jesus Cristo: Ide.

O primeiro grande elemento essencial na conquista de almas é ir em busca de pecadores! Essa é a parte mais simples da conquista de almas, mas onde a maioria falha.

As pessoas não vão atrás dos pecadores. A pessoa pode chorar, orar, ler a Bíblia, ir à Igreja, manter um culto doméstico, dar os dízimos, pagar suas dividas honestamente, e mesmo assim sua própria família pode ir para o inferno junto com os amigos à sua volta, porque ela simplesmente não vai atrás deles, não leva o Evangelho, não tenta conquistá-los urgentemente para Cristo.

Ninguém se torna ganhador de almas sem estar disposto a se empenhar para isso. Os esforços expressivos são abençoados por Deus na conquista de almas. Quem não se esforça não vai conseguir salvar pessoas.

PONTOS PARA DISCUTIR

1. A Grande Comissão é também para a Igreja de hoje?

2. O que é Evangelizar?

3. Como você avalia a atividade evangelística de sua Igreja?

RAZÕES PELAS QUAIS O NOVO CONVERTIDO NÃO SE FIRMA NA FÉ.

Objetivo: Entender que o novo convertido não é auto-suficiente, mas precisa de ajuda. A fase mais delicada da vida cristã é que merece o maior apoio e compreensão de toda Igreja, são as semanas que se seguem à decisão do novo convertido, de seguir a Jesus Cristo. Não podemos perdê-lo de vista, ele precisa de calor humano e alimento espiritual.

1. Por causa do tratamento recebido na Igreja

a) Discriminatório Lc 15.30

b) Desdenhável – pouco caso – frieza

c) Exigências descabidas “doutrinarias” - Mt 15.9, 23.4

d) Ensino espiritual para fanatismo At 5.36-37

e) Exploratório – Bens, etc.


2. Por causa dos parentes e amigos (influências)

a) Perseguições no lar – Mt 10.36

b) Perseguições (críticas) no trabalho, escola I Tim 3.12

c) Entendidos, se aproximam para censurar;

d) Insistência para prosseguir na vida antiga, vícios, etc.

e) Os ataques do maligno Mt 12.43-45

3. Por causa de uma conversão infundada

a) Só houve interesse humano – cura – benção, etc. Jô 6.2

b) Só houve emoção, simpatia e amizade – I Cor 2.5

c) Ouviram um evangelho superficial – sem a cruz – Lc 14.27

d) Não houve rendição ao senhorio de Cristo – Lc 6.46


4. Por falta de alimentação adequada

a) O leite racional – A Palavra de Deus – II Pe 2.2

b) A água da vida – a Palavra de Deus – Jô 4.14

c) O Pão – a Palavra de Deus – Mt 4.4

d) O alimento na medida certa – I Cor 1.1-3

e) A oração – a comunicação com Deus, diária.

È dever da Igreja ajudar o novo convertido a se firmar na fé. Agasalho, alimento e carinho são tratamentos chaves. Deus nos conceda sua Graça para esta tarefa da mais alta relevância no seu Reino.