sexta-feira, 25 de junho de 2010

O PROPÓSITO DE DEUS.

O plano original de Deus era que o homem fosse conforme a imagem de seu filho.
Criado perfeito e livre, recebeu a opção de escolher a vida eterna (dependência absoluta da vida de Deus) ou a independência (viver por sua vida, a vida da alma). Deus colocou duas fontes no Éden: a árvore da vida e a árvore do conhecimento do bem e do mal (Gen. 2.9).
Se o homem tivesse escolhido a árvore da vida, sua história seria determinada pelo principio da vida eterna, e ele seria como a imagem de Cristo (Romanaos 8.29). Contudo, como preferiu tomar outro caminho, sua natureza foi deturpada e corrompida, passando a viver de acordo com os seus sentimentos e determinações.
No entanto, Deus tem um plano que jamais poderá ser frustrado (Jó 42.2): ser pai de uma grande família com muitos filhos semelhantes ao seu Filho (Éfesios 1.4, Rm 8.28-29; Hebreus 2.10). Ao criar o homem e a mulher, Deus almejava que eles formassem um numeroso povo, participante de todas suas riquezas e gozando da mesma relação de intimidade e amor que seu Filho desfrutava, para o louvor de sua glória.
Enfim, o propósito principal de Deus é nos tornar semelhantes a Jesus Cristo (I Jo 4.17); não é nos livrar do inferno, como alguns imaginam (claro que também o é, em consequência de nos tornarmos semelhantes a Jesus), mas, antes, do poder do pecado e de toda a corrupção com ele relacionada (I Jo 4.17; Rm 7.25 e II Pd 1.3-4).
O homem foi criado tendo um espírito e uma carne ( Gen 2.7). A palavra vida que encontramos neste verso, no original hebraíco, significa "vidas" (no plural). Isso significa que na criação do homem Deus soprou nele o fôlego de vidas: vida fisica, mental, emocional e espiritual.
Adão, portanto, possuia vida espiritual e no dia em que pecou morreu espiritualmente. Isso quer dizer que o seu espírito não se achava mais ligado a Deus. A palavra "morte" significa separação.
Foi o pecado que levou a morte espiritual impedindo-o agora da relação de comunhão e amizade que era mantida diariamente com Deus (Gen. 3).
A criação do homem é tão maravilhosa que somente um ser infinitamente sábio e perfeito poderia arquitetar tão extraordinário plano. Ser criado à imagem e semelhança de Deus era receber qualidade e atributos que se achavam somente Nele: "....porque à imagem de Deus foi o homem criado" (Gen. 9.6); "...visto que ele é imagem e glória de Deus" (I Corintios 11.7).
"A água pode mudar de estado: de liquido para vapor, de vapor para neve e de novo para liquido, e continua fundamentalmente a mesma coisa. Assim, a religião sem poder pode submeter o homem a muitas mudanças superficiais, deixando-o exatamente igual ao que era antes. É justamente aí que está a armadilha. As mudanças são apenas de forma, não de natureza.
O homem que recebeu a Palavra sem poder aparou a sua plantação, mas esta continua sendo uma sebe de espinhos e jamais podera produzir os frutos de uma nova vida.
A verdade recebida em poder muda as bases de Adão para Cristo, e um novo conjunto de motivos entra em ação dentro da alma. Um novo e diferente Espirito penetra na personalidade e torna o crente um homem novo em cada departamento do seu ser. Os seus interesses mudam das coisas externas para as internas, das coisas da terra para as coisas do céu" (A.W.Tozer - adaptado).
Jesus é a solução de Deus para todo o homem. Ele nos deu promessas eternas que garantem o poder da transformação da mente e do coração. " Darei a voces um coração novo e porei um espírito novo em voces; tirarei de voces o coração de pedra e lhes darei um coração de carne" (Ezequiel 36.26).
Ganhamos um novo coração e uma nova mente no momento em que cremos que fomos incluídos na cruz, na morte e ressurreição do Senhor Jesus.
Para provar essa verdade, a única exigência é crer na capacidade que Deus tem de fazer conforme seu eterno propósito: "Sei que podes fazer todas as coisas; nenhum dos teus planos pode ser frustrado". (Jó 42.2).
Créditos: Carlos Alberto de Quadros Bezerra - Revista Lar Cristão Nº114.